O advogado de Christian B. comunicou a decisão
ao tribunal de Kiel, no norte da Alemanha, responsável pelo caso que
levou à sua condenação, segundo informações do jornal "Bild" e da
imprensa local em Hannover, citadas pela agência espanhola EFE.Em 07 de junho Christian B. já tinha cumprido dois terços da pena, que termina em janeiro, justificando assim o pedido.O
suspeito no desaparecimento de Madeleine McCann tem, entretanto, uma
outra condenação pendente de confirmação, sobre a qual apresentou
recurso, pela violação, em 2005, de uma norte-americana de 72 anos em
Portugal.Christian B. está atualmente sob
investigação como suspeito do desaparecimento e presumível assassinado
de Madeleine McCann, a criança britânica que desapareceu a 03 de maio de
2007, num apartamento de um aldeamento turístico, na Praia da Luz.Nos
últimos dias, a polícia alemã realizou escavações num jardim de uma
residência perto de Hannover relacionadas com o caso Maddie.As escavações terminaram na quarta-feira, mas o Ministério Público não adiantou pormenores.O
suspeito tem antecedentes criminais relacionados com abuso sexual,
ofensa à integridade física, roubo e outras contraordenações, algumas
das quais praticadas durante o tempo que viveu em Portugal, entre 1995 e
2007.Christian B. foi pela primeira vez
julgado por um crime sexual em 1994, quando tinha 17 anos, e condenado
por abuso de menor. O último caso relacionado com menores foi um
processo de posse de pornografia infantil, em 2016.No
âmbito do caso “Maddie”, o Ministério Público de Braunschweig não
apresentou acusação formal contra o suspeito, apesar de ter assumido que
a criança, então com três anos de idade, está morta.Madeleine
McCann desapareceu poucos dias antes de fazer quatro anos, a 03 de maio
de 2007, do quarto onde dormia juntamente com os dois irmãos gémeos,
mais novos, num apartamento de um aldeamento turístico, na Praia da Luz e
o seu desaparecimento tornou-se um caso mediático à escala global.A
polícia britânica começou por formar uma equipa em 2011 para rever toda
a informação disponível, abrindo um inquérito formal no ano seguinte,
tendo até agora gasto perto de 12 milhões de libras (14 milhões de
euros).A Polícia Judiciária (PJ) reabriu a
investigação em 2013, depois de o caso ter sido arquivado pela
Procuradoria-Geral da República em 2008, ilibando os três arguidos, os
pais de Madeleine, Kate e Gerry McCann, e um outro britânico, Robert
Murat.