Um dos temas da contestação será a
distribuição do processo Operação Marquês ao juiz Carlos Alexandre, em
09 de setembro de 2014, facto que já foi criticado no requerimento de
abertura de instrução do ex-primeiro-ministro. Para
o ex-primeiro-ministro, a distribuição do inquérito Operação Marquês
foi manipulada, de forma “ilegal e manual” com violação do princípio do
juiz natural. José Sócrates está acusado
de três crimes de corrupção passiva de titular de cargo político, 16 de
branqueamento de capitais, nove de falsificação de documentos e três de
fraude fiscal qualificada. No seu depoimento na fase de instrução, José Sócrates reiterou que a acusação é “monstruosa, injusta e completamente absurda”.A
acusação sustenta que Sócrates recebeu cerca de 34 milhões de euros,
entre 2006 e 2015, a troco de favorecimentos a interesses do
ex-banqueiro Ricardo Salgado no Grupo Espírito Santos e na PT, bem como
por garantir a concessão de financiamento da Caixa Geral de Depósitos ao
empreendimento Vale do Lobo, no Algarve, e por favorecer negócios do
Grupo Lena.O Ministério Público imputou a 28 arguidos, 19 pessoas e nove empresas, um total de 188 crimes.