Sobe para quatro número de socorristas mortos em ataques na RDCongo
Ébola
28 de nov. de 2019, 13:49
— Lusa/AO Online
Entre
os mortos estão um membro das equipas de vacinação, dois motoristas e
um polícia, adiantou a organização, precisando que não morreram
quaisquer elementos do "staff" da OMS, apenas um elemento ficou ferido.A
maioria dos restantes feridos nos ataques, que ocorreram durante a
noite num centro de alojamento em Biakato Mines e no gabinete de
coordenação da resposta ao Ébola em Mangina, na província de Ituri
(nordeste do país), são do Ministério da Saúde da RDCongo."Estamos
com o coração destroçado que pessoas tenham morrido no cumprimento do
dever enquanto trabalhavam para salvar outros", disse o diretor-geral da
Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus."O mundo perdeu profissionais corajosos", acrescentou"O
meu coração está com a família e amigos dos socorristas mortos nesses
ataques", disse, por seu lado, Matshidiso Moeti, diretora regional da
OMS para África, adiantando que estão a ser desenvolvidos todos os
esforços para colocar em segurança os trabalhadores das áreas afetadas. "Estes
ataques constantes devem parar. Continuaremos a trabalhar com o Governo
da RDCongo, os parceiros e a MONUSCO [missão da ONU] para garantir a
segurança do nosso pessoal e de outros profissionais de saúde",
acrescentou.A OMS adianta que, na última semana, houve sete casos de Ébola, abaixo de um pico de mais de 120 registado por semana em abril."O
Ébola estava a recuar. Estes ataques vão dar-lhe força novamente e mais
pessoas vão morrer como consequência," considerou Tedros Adhanom
Ghebreyesus. "Será trágico ver mais
sofrimento desnecessário em comunidades que já sofreram tanto. Apelamos a
todos que têm um papel a desempenhar para acabarem com este ciclo de
violência", acrescentou.A OMS ressalvou que a situação continua a evoluir e prometeu atualizações sempre que haja novas informações.Pelo
menos 19 civis foram mortos num ataque do grupo armado 'Forças
Democráticas Aliadas' (ADF) perto de Beni, leste da República
Democrática do Congo (RDCongo), realizado dois dias depois de outro
ataque à missão das Nações Unidas no país.Desde
que o exército congolês começou uma operação contra os rebeldes
ugandeses, no princípio do mês, as ADF mataram dezenas de pessoas em
ataques sucessivos, o que motivou protestos entre os civis que não se
sentem seguros e acusam a Missão das Nações Unidas na República
Democrática do Congo (MONUSCO) de inação.