SNS24 já recebeu 20 contactos de pessoas alertadas pela 'app' de rastreio
Covid-19
9 de set. de 2020, 08:51
— Lusa/AO Online
A
aplicação ‘StayAway Covid’, que permite rastrear as redes de contágio
do novo coronavírus que provoca a doença covid-19, foi lançada há uma
semana, em 01 de setembro, e as chamadas de contactos identificados
através do novo sistema já começaram a chegar à linha de saúde nacional.
“Houve 20 pessoas que, desde o início
do projeto, ligaram ao SNS 24, dizendo que a aplicação os notificou que
tinham tido um contacto de risco”, disse hoje à Lusa o presidente do
SMPS, Luís Goes Pinheiro. Na última
semana, foram também nove os doentes que introduziram na aplicação o
código que permite alertar as pessoas com quem estiveram nos 14 dias
anteriores.Para Luís Goes Pinheiro, a
possibilidade de estabelecer de forma rápida as redes de contágio é a
principal vantagem desta ferramenta, desde logo porque permite às
pessoas saber se estiveram em contacto com algum doente, informação que,
de outra forma, poderiam nunca chegar a receber. “Nós
não sabemos quem são as pessoas que vão connosco num transporte
público, que estiveram connosco num supermercado ou com quem nos
cruzamos no dia-a-dia”, explicou.Por outro
lado, Luís Goes Pinheiro considera que a ‘StayAway Covid’ não deve ser
vista como um fator adicional de ansiedade, mas antes o contrário.“As
pessoas não têm que ficar ansiosas por usar uma ferramenta que serve
para as ajudar, informando-as de que foram um contacto, e para lhes
permitir que possam ajudar os outros”, sublinhou, considerando que a
aplicação deve ser vista antes como um complemento importante. Ao
final da manhã de hoje, a aplicação ‘StayAway Covid’ já tinha sido
descarregada em 684.795 telemóveis, um número que para o responsável
pelos serviços partilhados da Saúde reflete uma positiva tendência de
crescimento.“Eu diria que é promissor o
caminho que tem sido seguido e aquilo que vemos é que todos os dias
temos mais downloads do que tínhamos no dia anterior e isso é muito
estimulante”, referiu.Questionado sobre
qual seria o número ideal de utilizadores da aplicação que, como
admitiu, depende da adesão das pessoas, o presidente do SPMS considerou
que “não há um número ideal”.Reiterando a
ideia de que “quantos mais melhor”, Luís Goes Pinheiro acrescentou que,
por outro lado, importa também o tipo de pessoas que utiliza o sistema. “Um
sistema desta natureza é especialmente valioso no caso das pessoas que
têm uma mobilidade grande, que contactam com muita gente”, explicou,
apelando, em particular, para os estudantes universitários, que além de
cumprirem o critério da mobilidade, têm facilidade em utilizar
‘smartphones’. O responsável acrescentou
ainda que, apesar de o número de utilizadores ainda representar uma
minoria entre a população, a aplicação já demonstrou que valia a pena,
pelo número de contactos que já permitiu identificar.