“Situação preocupante dos CTT” levada pelo BE ao debate quinzenal com Costa no parlamento
20 de dez. de 2017, 09:42
— Lusa/AO Online
Em antecipação à
agência Lusa, fonte oficial do BE justificou que "à degradação do
serviço prestado junta-se agora o anúncio de encerramento de lojas e
balcões, venda de património e despedimento de mil trabalhadores até
2020 sem que se conheça o instrumento legal que a empresa pretende
utilizar para o efeito"."Esta é uma situação preocupante e confirma a urgência do resgate dos CTT para a esfera pública", acrescentou a mesma fonte.No
debate quinzenal de hoje - o último deste ano, antes da interrupção
para o período de Natal dos trabalhos do parlamento - cabe ao BE fazer a
abertura, seguindo-se o PSD, o PS, o CDS-PP, o PCP, o PEV e o PAN e
tendo o primeiro-ministro tempo de resposta para cada um dos partidos.Os
CTT preveem reduzir cerca de 800 pessoas nas operações da empresa ao
longo de três anos, devido à queda do tráfego do correio, de acordo com o
Plano de Transformação Operacional hoje divulgado, que estabelece ainda
a redução de 25% da remuneração fixa do presidente do Conselho de
Administração, António Gomes Mota, e do presidente executivo, Francisco
de Lacerda.A
polémica em torno da Raríssimas deverá ser um dos temas levados ao
debate quinzenal pelos partidos da oposição, uma vez que depois da
audição parlamentar de segunda-feira do ministro da Segurança Social,
Vieira da Silva, o CDS-PP considera que não foram cabalmente
esclarecidas algumas questões.A
pedido do PS, o ministro da tutela foi ouvido no parlamento a propósito
da polémica em torno da Raríssimas - Associação Nacional de Doenças
Mentais e Raras, que já levou à demissão do então secretário de Estado
da Saúde Manuel Delgado e da presidente da instituição Paula Brito e
Costa.Em
Bruxelas, a semana passada, António Costa escusou-se a comentar
suspeitas sobre um eventual favorecimento político na atribuição de
subsídios à Raríssimas, alegando então não ter "nenhum indício" nesse
sentido, tendo manifestado "total confiança política" em Vieira da
Silva.Será
ainda expectável que a notícia conhecida na sexta-feira de que a agência
de notação financeira Fitch retirou Portugal do 'lixo' e melhorou em
dois patamares o 'rating' atribuído à dívida pública portuguesa seja
levada ao debate pelos socialistas.BE
e PCP, partidos que apoiam parlamentarmente o Governo socialista, já
desvalorizam esta decisão, tendo os bloquistas considerado que Portugal
"não precisa de pancadinhas nas costas" das instituições europeias e das
agências de 'rating' e os comunistas defendido que as agências de
notação financeira "não são rigorosas", e, se o país está a crescer, é
graças ao povo.