Situação "extremamente dificil" em Lysychansk impede retirada de civis
30 de jun. de 2022, 18:30
— Lusa/AO online
"Há
muitos bombardeamentos que vêm de várias direções. O exército russo
aproximou-se de diferentes direções, em direção a Lysychansk", disse o
governante, num vídeo colocado na rede social Telegram.Segundo
o governador, as forças de Moscovo continuam "nos arredores" da cidade,
tendo rejeitado as alegações dos separatistas pró-Rússia, que lutam ao
lado das forças de Moscovo, que também hoje garantiram o controlo de
metade da cidade.Lysychansk
fica situada defronte de Severodonetsk, cidade capturada na semana
passada pelo exército russo, com apenas um rio a dividi-las.De
acordo com Gaidai, os bombardeios em Lysychansk são "muito fortes", o
que "não permite mais retirar" os cerca de 15.000 civis que ainda estão
na cidade, que tinha 100.000 habitantes antes da guerra."É
muito perigoso", continuou, acrescentando, no entanto, que Lysychansk
está mais bem posicionada geograficamente do que Severodonetsk e,
portanto, é mais defensável."Podemos
simplesmente dizer que os russos são extremamente numerosos e vêm de
todos os lados. Há um número incrível de veículos militares e de
artilharia", concluiu.Lysychansk
é a última grande cidade que falta ser conquistada pelos russos na
região de Lugansk, uma das duas províncias da bacia industrial do
Donbass, que Moscovo pretende controlar totalmente.A
Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro e a ofensiva militar já
matou mais de quatro mil civis, segundo a ONU, que alerta para a
probabilidade de o número real ser muito maior.A
ofensiva militar causou a fuga de mais de oito milhões de pessoas, das
quais mais de 6,6 milhões para fora do país, de acordo com os mais
recentes dados da ONU.A
invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade
internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o
reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.