Situação de cheia melhorou mas caudal do Mondego terá de baixar mais
26 de dez. de 2019, 08:44
— Lusa/AO Online
"Neste
momento as coisas estão muito mais tranquilas", registando-se uma
diminuição do nível da água em todo o vale do Mondego, afetado pelas
cheias, disse à agência Lusa o comandante distrital de operações de
socorro (CODIS) de Coimbra, Carlos Luís Tavares.Segundo
o CODIS de Coimbra, está-se a tentar que o caudal fique abaixo dos 500
m3/s, por forma a "pôr o rio Mondego dentro do seu leito", estando neste
momento na ordem dos 575 m3/s.Num voo com
técnicos da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Carlos Luís Tavares
pôde verificar que existe um corte no rio principal de cerca de 50
metros, que está "consolidado", e um outro corte de cerca de 100 metros
no leito periférico direito."Existe agora alguma tranquilidade e sinais positivos de evolução", vincou Carlos Luís Tavares.Os
efeitos do mau tempo da semana passada, na sequência das depressões
Elsa e Fabien, provocaram três mortos e deixaram 144 pessoas
desalojadas, registando-se mais de 11.600 ocorrências, na maioria
inundações e quedas de árvores.O mau tempo
levou também a condicionamentos na circulação rodoviária e ferroviária,
danos na rede elétrica e a subida dos caudais de vários rios,
provocando inundações em zonas ribeirinhas das regiões Norte e Centro,
em particular no distrito de Coimbra.No
rio Mondego, a rutura de dois diques provocou cheias em
Montemor-o-Velho, onde várias zonas foram evacuadas e uma grande área,
incluindo muitas plantações, estradas e o Centro de Alto Rendimento,
ficou submersa.A situação começou a ter na
segunda-feira os primeiros sinais positivos de melhoria e diminuição do
grau de risco, segundo a Proteção Civil.