Sistema de vigilância de fogos já cobre 74% da floresta prevista, garante Governo
17 de nov. de 2018, 03:11
— Lusa/Ao online
José Artur Neves falava em Bragança na apresentação do Sistema de Vigilância e Apoio à Decisão Operacional das Terras de Trás-os-Montes, que desde junho conta com três câmaras instaladas nas serras da Nogueira, Bornes e Castanheira, num investimento superior a 130 mil euros.A promotora do projeto é a Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes e este é o primeiro em funcionamento na região norte de Portugal, segundo os responsáveis.O plano foi lançado pelo Governo com fundos do Programa Operacional de Sustentabilidade E Eficiência no Uso dos Recursos (POSEUR) e as candidaturas estão a ser feitas pelas comunidades intermunicipais.Pelo país encontram-se instaladas ou em fase de instalação 52 câmaras nos territórios das comunidades intermunicipais do Médio Tejo, Beira Baixa, Lezíria do Tejo, Região de Leiria, Serra da Estrela e Trás-os-Montes.O investimento equivale a três milhões de euros a que somam mais 456 mil euros de outra candidatura, que se encontra em fase pré-contratual, para mais 14 câmaras de vigilâncias nos parques naturais da Arrábida e de Sintra-Cascais e Mafra.O Governo lançou, entretanto os procedimentos para mais três milhões de euros de investimento nas CIM do Algarve, Coimbra, Viseu Dão Lafões, Tâmega e Sousa, Alto Minho e Área Metropolitana do Porto.Segundo o secretário de Estado, as comunidades intermunicipais onde o projeto está em curso totalizam “74% do território já com videovigilância implantada.“Não significa que todo o território florestal esteja com cobertura, porque há muitas zonas brancas. Haverá necessidade de fechar a malha de cobertura dos territórios”, ressalvou.A previsão do Governo é “até 2019 ter os recursos financeiros do programa Operacional para a Sustentabilidade do Uso e Eficiência dos Recursos disponibilizado para as comunidades intermunicipais para elas desenvolverem os investimentos” e “no máximo” em 2020 possamos, a videovigilância estar implantada no país.O programa contempla a instalação de câmaras de videovigilância nas manchas florestais e o acompanhamento da informação nos comandos de operações de socorro e da GNR.O presidente da CIM Terras Trás-os-Montes, Artur Nunes, garantiu que o sistema instalado neste território “tem resultado” e prova disso é o facto de, com a ajuda das câmaras, as autoridades terem inclusive conseguido apanhar no local presumíveis incendiários.As três câmaras são, contudo insuficientes para as necessidades, como alertou, observando que “ainda há zonas sombra” que é necessário dotar deste equipamento.O presidente da CIM também ao Governo que garanta um contrato de manutenção “que a própria Autoridade Nacional da Proteção Civil deverá financiar”.Artur Nunes referiu que o contrato em vigor “é para três anos, o valor da manutenção é muito elevado” e para continuar além desse período, “é preciso que o Governo se comprometa a pagar a manutenção” do sistema.