Sistema de Segurança Interna considerou "inédita" operação na Conferência dos Oceanos
5 de jul. de 2022, 11:26
— Lusa/AO Online
“Foi
um exercício muito complicado que envolveu muitas entidades, não só do
sistema de segurança interna, mas também das entidades aeronáuticas,
INEM, bombeiros, serviços de informação”, disse Paulo Vizeu Pinheiro em
conferência de imprensa de balanço da atuação das forças de segurança na
Conferência dos Oceanos e no Fórum do Banco Central Europeu, que
decorreram na semana passada em Lisboa e Sintra.Estes
dois eventos mobilizaram efetivos da Guarda Nacional Republicana e da
Polícia de Segurança Pública para proteger as instalações onde se
realizaram e as deslocações dos mais de 7.000 participantes, além de
terem obrigado também a mobilizar efetivos dos serviços de informações e
contaram com a participação da Interpol e da Europol.O
secretário-geral do sistema de segurança interna considerou o plano de
segurança da Conferência dos Oceanos “inédito porque houve uma
transferência de soberania”, passando a zona do Altice Arena, onde
decorreu a cimeira, a estar sob a jurisdição da Nações Unidas.“Isto aconteceu pela primeira vez em Portugal”, disse, considerando que “foi um exercício que dignificou o país”. Questionado
sobre os motivos da conferência de imprensa de balanço, uma vez que não
se registou qualquer incidente, Paulo Vizeu Pinheiro afirmou que a
preparação destes eventos “envolveu muito trabalho prévio, muita
programação, muitos estudos de avaliação de risco e um acompanhamento de
permanente”.“As boas notícias, ou mesmo
quando não são notícias, devem ser faladas”, frisou, fazendo um balanço
“muito positivo” em que todos trabalharam “em conjunto, maximizando as
capacidades, mesmo quando são exercícios tão complicados e com tantos
países de todos os continentes” envolvidos.Na
conferência de imprensa, o diretor nacional da PSP avançou que
estiverem envolvidos na segurança da Conferência dos Oceanos 2.196
polícias dos comandos de Lisboa, Porto, Setúbal e Faro, bem como
elementos da Unidade Especial de Polícia.Como
exemplo, referiu que os polícias do Corpo de Segurança Pessoal
acompanharam 1.127 deslocações de entidades estrangeiras, além de se
terem realizado em cinco dias 13 manifestações, uma das quais não foi
comunicada.Por sua vez, a GNR envolveu 568 militares na segurança do Fórum do Banco Central Europeu.Já
o ministro da Administração Interna enalteceu “o espírito de cooperação
institucional” e agradeceu aos profissionais das forças e serviços de
segurança que participaram nesta operação de segurança.José
Luís Carneiro destacou igualmente o papel do secretário-geral do
Sistema de Segurança Interna na coordenação e supervisão desta operação.
“Portugal constituiu um exemplo na forma como organizou num quadro muito complexo”, disse ainda.