Sistema de receitas eletrónicas já foi reposto e farmácias agradecem civismo dos utentes

1 de dez. de 2019, 17:06 — AO Online/ Lusa

“Os doentes com receitas médicas nos seus telemóveis ou em qualquer outro suporte já podem dirigir-se às farmácias normalmente”, refere a Associação Nacional de Farmácias (ANF) num comunicado, em que assinala “o civismo” mostrado pelos portugueses que concentraram a procura por farmácias durante a manhã de sábado, antes dos sistemas informáticos de suporte às receitas eletrónicas terem sido desligados."O civismo da população e o esforço das equipas das farmácias permitiram garantir o acesso aos medicamentos a todos os doentes urgentes durante o período de indisponibilidade do sistema", declarou Miguel Lança, diretor de Sistemas de Informação da ANF.Os sistemas informáticos de suporte às receitas eletrónicas estiveram desligados entre as 14:00 horas de sábado e a previsão era de que apenas fossem retomados às 08:00 horas de hoje, o que levou a ANF a reforçar as equipas nas farmácias e a pedir aos utentes para tentarem aviar antes as receitas.Num comunicado também hoje, entretanto, emitido os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), EPE, adiantam que a intervenção em causa, de “elevada complexidade”, “decorreu com sucesso” e irá melhorar o desempenho e a acessibilidade dos sistemas e serviços digitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS).“De elevada complexidade, a intervenção na infraestrutura EXADATA, que suporta os vários sistemas e serviços digitais do Serviço Nacional de Saúde irá melhorar a 'performance', ampliando a acessibilidade, beneficiando todo o sistema informático e garantindo a sustentabilidade técnica ao SNS”, refere o comunicado.A SPMS assinala ainda que a intervenção foi “programada atempadamente, com uma vasta equipa de técnicos especialistas, nacionais e internacionais, e envolvendo as várias instituições do SNS, as associações nacionais e ordens profissionais” e acrescenta que, apesar de os sistemas estarem “totalmente operacionais”, durante o dia de hoje será feito um conjunto de verificações e controlo.A ANF voltou hoje a sublinhar que “só foi informada às 18:43 de sexta-feira do apagão do sistema” através de e-mail, tendo apelado para uma alteração de procedimentos por parte da empresa pública responsável pelo sistema, caso se volte a verificar uma situação semelhante.No mesmo comunicado, Miguel Lança salientou, por isso, que "os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde deverão planificar quaisquer intervenções que perturbem a dispensa de medicamentos em parceria com as farmácias e os médicos prescritores, assim como avisar atempadamente a população".