Sociedade
Sistema de rastreio de subidas ao Pico tem que ser melhorado
O director do Parque Natural do Pico, Fernando Oliveira, defendeu esta quinta-feira a melhoria do sistema de vigilância das subidas sem guia ao ponto mais alto de Portugal, nos Açores, que tem mais de cinco mil visitantes anuais.

Autor: Lusa/AO online
Desde há cerca de dois anos que a implementação de um sistema de localização por GPS, através de uma pulseira, permite saber a cada momento a localização exacta dos visitantes que sobem a Montanha do Pico, mas Fernando Oliveira reconheceu em declarações à Lusa que “é preciso aperfeiçoar o sistema, colocando um repetidor de sinal na cratera ou adoptando outro modelo de transmissão de sinal”.

Na quarta-feira, dois casais portugueses estiveram incontactáveis durante várias horas porque o local onde se abrigaram do mau tempo, na cratera, é uma zona sem comunicações.

“A opção deles foi correcta ao abrigarem-se na cratera, porque quando iniciaram a descida houve uma mudança brusca no tempo”, afirmou Fernando Oliveira, recordando que a transmissão do sinal do GPS é feita por SMS.

Por essa razão, o director do Parque Natural do Pico considera necessário "melhorar o processo de monitorização das pessoas que sobem à montanha sem guia", adiantando que o assunto será analisado numa próxima reunião com o Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos Açores.

Esta preocupação é partilhada pelo comandante dos Bombeiros da Madalena do Pico, Ricardo Dias, para quem a melhoria do sistema de GPS é "muito importante" para o resgate de eventuais vítimas.