SINTAP quer alargamento dos escalões da remuneração complementar
18 de out. de 2023, 12:01
— Lusa/AO Online
"Para
além da questão da atualização da remuneração complementar para 2024,
em linha com o que ficou acordado com o Governo Regional em sede de
Comissão Permanente de Concertação Social (dos aumentos serem superiores
à inflação), o SINTAP regista e releva positivamente a decisão do
Secretário Regional das Finanças de abrir de imediato um processo
negocial para a discussão e eventual acordo em torno da nossa proposta
de revisão e alargamento dos escalões da Remuneração Complementar",
lê-se num comunicado enviado hoje às redações.De
acordo com o comunicado do Sindicato dos Trabalhadores da Administração
Pública e de Entidades com Fins Públicos (SINTAP), foi agendada uma
primeira reunião para sexta-feira, na sede da Assembleia Legislativa
Regional, na cidade da Horta, ilha do Faial.Em
abril, o conselho do Governo Regional aprovou alterações à atribuição
da remuneração complementar, que passa a abranger os trabalhadores da
função pública com rendimentos até 1.386 euros (aquela remuneração
estava destinada aos trabalhadores com salário igual ou inferior a 1.320
euros).“Esta proposta de decreto
legislativo regional mantém, com efeitos a 01 de janeiro de 2023, a
atribuição da remuneração complementar paga a cada trabalhador antes da
alteração da remuneração base praticada na administração pública e da
atualização dos níveis da tabela remuneratória única”, explicou em 28 de
abril a secretária do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, Berta
Cabral, na apresentação das decisões do Conselho do Governo Regional
(PSD/CDS-PP/PPM).O SINTAP recorda que
apresentou, na passada segunda-feira, ao secretário regional das
Finanças, Planeamento e Administração Pública uma “proposta de revisão e
alargamento dos escalões da Remuneração Complementar/Subsídio de
Insularidade até 2.132,32 euros"."O
aumento substancial do salário mínimo nacional verificado nos últimos
anos levou a uma valorização positiva do escalão de base da remuneração
complementar, sem que o mesmo se verificasse no escalão máximo da
respetiva tabela, evolução esta que, a persistir, poderá conduzir, a
médio prazo, ao desaparecimento da figura da própria remuneração
complementar", justifica o SINTAP.O
sindicato espera que na reunião de sexta-feira haja também oportunidade
para ser abordada a questão das progressões dos trabalhadores em funções
públicas, de forma a que "as progressões gestionárias voltem a ser a
regra no acesso normal na carreira".