SINTAP alarga aos Açores greve nacional no setor da saúde na sexta-feira
27 de jun. de 2022, 16:50
— Lusa/AO online
“Em
virtude da total ausência de respostas do Governo da República no que
toca à valorização das carreiras e dos salários dos trabalhadores da
Saúde e à valorização da carreira técnica própria dos assistentes
técnicos e operacionais, o SINTAP avança com pré-aviso de greve para 01
de julho”, destacou Francisco Pimentel, dirigente sindical, em
conferência de imprensa realizada na Horta, ilha do Faial.O
coordenador regional do Sindicato dos Trabalhadores da Administração
Pública e de Entidades Com Fins Públicos (SINTAP), exige também o
cumprimento e revisão integral dos acordos coletivos de trabalho dos
hospitais e o pagamento atempado e integral do trabalho extraordinário
ou suplementar, para além da contagem do tempo de serviço efetivo.“Na
Região, ainda falta fazer a contagem do tempo de serviço que está
despachado pela anterior secretária regional”, recordou Francisco
Pimentel, adiantando que “o problema está agora nas administrações
hospitalares”, que alegadamente estão a atrasar a conclusão do processo.A
UGT (União Geral dos Trabalhadores) tem agendada para 01 de julho uma
paralisação nacional, na área da Saúde, pela valorização salarial, pela
revisão de carreiras, vela criação de carreiras específicas, pelo
cumprimento dos acordos coletivos de trabalho e pelo pagamento do
trabalho extraordinário, greve que vai também decorrer nos Açores, na
mesma data, e que na Madeira terá lugar mais cedo, na quarta-feira.“Chegou
a altura de dizer basta à falta de respostas do Governo da República na
área da Saúde”, justificou, na mesma conferência de imprensa, José
Abraão, dirigente nacional do SINTAP, que se deslocou aos Açores, para
se inteirar da situação no arquipélago.Segundo
explicou, o problema da falta de pessoal que hoje se verifica no
Serviço Nacional de Saúde (SNS) resulta, em parte, das “injustiças”
criada pelo Governo da República, que decidiu avançar com contratos
individuais de trabalho com vencimentos e horários de diferenciados.“Por
via disso, há hoje trabalhadores com mais de 20 anos de serviço que
ganham apenas o salário mínimo nacional”, denunciou José Abraão,
adiantando que estas situações geraram um clima de “indignação” e de
“exaustão” no SNS.O
SINTAP regista, por outro lado, a sua “satisfação”, pelo cumprimento,
entretanto registado, de “importantes reivindicações” de âmbito
regional, algumas das quais “já se arrastam há alguns anos”,
nomeadamente em matéria de desagravamento fiscal, regularização de
vínculos precários na Administração Pública e aumentos salariais, entre
outras. “Estes
resultados, altamente positivos, resultam do trabalho e empenhamento
efetivos do SINTAP, dos seus dirigentes e delegados sindicais e da
confiança e apoio que na nossa atuação em sede de negociação coletiva
mereceu, da parte dos trabalhadores nossos associados”, afirmou
Francisco Pimentel.