SINTAP/Açores satisfeito com progressão nas carreiras para a função pública
31 de out. de 2023, 16:36
— Lusa
“O SINTAP
[Sindicato dos Trabalhadores da Administração Públicas e de Entidades
Com Fins Públicos] congratula-se e saúda o Governo Regional pela
introdução desta medida na proposta de Orçamento da Região para 2024,
justa e positiva para mais de 20 mil trabalhadores da Administração
Regional”, realçou Sandra Rosa, dirigente sindical, em conferência de
imprensa, na Horta.Segundo explicou, a
proposta de Plano e Orçamento para 2024, que será discutida e votado no
parlamento regional entre 20 e 24 de novembro, inclui uma norma que
consagra o direito dos trabalhadores da Administração Pública Regional
de progredirem nas suas carreiras sempre que alcancem seis pontos de
avaliação, “reduzindo em 40% o tempo máximo necessário para cada
progressão”.“O Governo Regional satisfaz
assim uma reivindicação do SINTAP, inscrita no seu caderno
reivindicativo desde 2018, ano em que, pelo Orçamento do Estado,
passaram a ser permitidas as valorizações e acréscimos remuneratórios,
resultantes das alterações obrigatórias de posicionamento remuneratório,
progressões e mudanças de nível ou escalão”, adiantou a mesma dirigente
sindical.De acordo com a nova regra, os
trabalhadores que até agora necessitavam de dez pontos, decorrentes da
avaliação do desempenho, para ver alterado o seu posicionamento
remuneratório, sobem para a posição remuneratória seguinte, desde que
acumulem seis ou mais pontos nas avaliações do desempenho.“Desta
forma, será permitida à vasta maioria destes trabalhadores alcançar o
topo das respetivas carreiras”, referiu Sandra Rosa, manifestando a
esperança e o desejo de que esta proposta “venha a merecer a aprovação
do parlamento regional dos Açores”, para que possa entrar em vigor no
próximo ano.O Governo de coligação (PSD,
CDS-PP e PPM) liderado pelo social-democrata José Manuel Bolieiro
necessita do apoio do CH, da IL e do deputado independente para fazer
aprovar o último plano e orçamento desta legislatura.No
entanto, a IL e o deputado independente denunciaram os acordos escritos
que sustentavam o Governo Regional, alegando o incumprimento de
promessas de anos anteriores.Os três
partidos que integram o executivo têm 26 deputados na Assembleia
Legislativa. Com o apoio do deputado do Chega, somam 27 lugares, número
insuficiente para a maioria absoluta.A
Assembleia Legislativa dos Açores é composta por 57 deputados e, na
atual legislatura, 25 são do PS, 21 do PSD, três do CDS-PP, dois do PPM,
dois do BE, um da Iniciativa Liberal, um do PAN, um do Chega e um
deputado é independente (eleito pelo Chega).O
Plano de Investimentos do executivo açoriano para o corrente ano foi
aprovado por seis partidos (PSD, CDS-PP, PPM, CH, IL e PAN) e ainda pelo
deputado independente (ex-Chega), obtendo apenas os votos contra do PS e
do BE.