Sintap/Açores pede auditoria ao HDES por alteração "unilateral" de horários de trabalho
10 de nov. de 2021, 15:44
— Lusa/AO Online
Em comunicado, a
delegação regional dos Açores do Sindicato dos Trabalhadores da
Administração Pública (Sintap) diz que “os trabalhadores assistentes
técnicos do Hospital de Ponta Delgada viram recentemente alterados os
seus horários de trabalho de forma unilateral e abrupta”.O
sindicato destaca que a mudança aconteceu “de um dia para o outro, sem
que tivessem sido respeitadas as regras procedimentais e os prazos
legais de audição e pronúncia dos mesmos e das suas associações
sindicais quanto à sua legalidade”.Além
disso, a alteração foi feita “sem que tivesse sido dado o tempo
necessário para acomodarem e acautelar os impactos destes novos horários
sobre a vida pessoal e familiar dos trabalhadores em apreço”, diz o
sindicato.“Exemplo disto foi o facto de
muitos trabalhadores terem de recorrer e pagar serviços extras para
garantir a assistência de creches, jardins de infância e ATL [Atividades
de Tempos Livres] aos seus filhos, onerando assim os seus salários”,
acrescenta o Sintap.Tal gerou “um
generalizado clima de mau estar e descontentamento junto dos
trabalhadores assistentes técnicos do Hospital de Ponta Delgada”, lê-se
no comunicado.O Sintap refere ter enviado,
ao hospital, um ofício “a questionar sobre o porquê do incumprimento
das regras procedimentais e prazos legais em matéria de alterações dos
horários de trabalho”.De acordo com o
sindicato, a resposta foi “que não se tratava propriamente de uma
alteração de horários, mas sim de exigir o cumprimento de horários de há
muito fixados mas nunca cumpridos”.“Por
se entender que a argumentação não colhe, nem pode acolher, vencimento
legal, uma vez que os horários praticados e exigidos há anos aos
trabalhadores do Hospital de Ponta Delgada se consolidaram como
verdadeiros e próprios horários de trabalho, a sua alteração está
sujeita ao cumprimento das regras e prazos legais previstos na Lei do
Trabalho em Funções Públicas e no Código do Trabalho, coisa que não
aconteceu”, alerta o sindicato.