Sinfonietta estreia hoje obra inédita de Antero Ávila no Coliseu
11 de mai. de 2018, 14:33
— Miguel Bettencourt Mota
O espetáculo terá início às 21h30 e marcará o
segundo concerto da Temporada Sinfónica daquela orquestra de Ponta
Delgada, que é tutelada pela Quadrivium - Associação Artística.Não
obstante a peça musical do compositor açoriano ser o ponto de maior
destaque no serão musical, o público que se decida a estar presente vai
também poder ouvir o ‘Concerto para Trompete de Johann Hummel’, bem
como a Sinfonia nº 94 de Joseph Haydn.O espetáculo arranca
justamente com o concerto ‘desenhado’ por Hummel, compositor clássico
que viveu entre os séculos XVIII e XIX, recordou a este jornal o maestro
da Sinfonietta.A peça do compositor austríaco será tocada pelo
solista povoacense Hugo Araújo, uma opção que cumpre com um dos
principais desígnios da Sinfonietta “que é o de fazer tocar nos palcos
da sua terra, os jovens músicos que fomos produzindo e felizmente
ganharam asas para o exterior”, sublinhou Amâncio CabralAinda antes de se ouvir a obra escrita por Antero Ávila para a Sinfonietta, ouvir-se-á a sinfonia de Haydn. “A
sinfonia nº 94, designada a ‘Surpresa’, é uma obra maior do repertório
orquestral e sinfónico, com temas bastante virtuosísticos que penso que
serão do agrado do público”, prosseguiu o responsável.Depois, então, as ‘Paisagens de Bruma’ tomarão o palco e a atmosfera sonora do Coliseu Micaelense.“É
uma obra que reflete, de certa forma, e na visão do seu compositor,
toda uma série de valências sonoras que remetem para o nosso
imaginário regional”, indicou o maestro titular.Não querendo
substituir-se à visão de Antero Ávila, Amâncio Cabral está em crer que
esse mesmo imaginário será feito passar “nas passagens de maior
lirismo”, “nos apontamentos mais descritivos “ ou até “nos momentos de
maior fulgor sonoro e tímbrico” que constam na obra.Não é, de resto,
a primeira vez que a Sinfonietta de Ponta Delgada traz para o seu
repertório aquele que é o pensamento e a musicalidade dos compositores
açorianos, ou não fosse também essa uma das suas principais premissas.Como
referiu o responsável, “existindo uma orquestra sinfónica dos Açores,
terá de ser uma das suas missões fazer executar o repertório dos
compositores regionais”.