Sindicatos querem trocar quotas das avaliações por classificações dos professores
Uma delegação de cinco sindicatos apresentou esta segunda.feira ao Governo propostas de alteração no sistema de avaliação dos professores, incluindo a troca do sistema de quotas para as diferentes notas por outro de classificações.

Autor: Aonline/Lusa

Sem especificar como funcionaria a proposta das classificações, o porta-voz dos sindicalistas, Carlos Chagas, presidente da Federação Nacional do Ensino e Investigação (FNEI), afirmou que não houve objeções da parte do Ministério da Educação: “Nem sim, nem não”, o que, “por omissão”, significa que as propostas “ficaram em cima da mesa”.

“Se o Governo quiser aceitar propostas alternativas, há”, e “não são incompatíveis” com as do Ministério da Educação e não acarretam aumentos de despesa, salientou Carlos Chagas.

Uma das questões que os representantes dos professores deixaram hoje na sede do Ministério da Educação é a de aumentar a “autonomia efetiva” dos conselhos pedagógicos das escolas, com a eleição do seu presidente entre os professores.

As negociações para acordar com os sindicatos um novo modelo de avaliação começaram no dia 12 deste mês e o ministro da Educação, Nuno Crato, conta ter o processo encerrado no dia 09 de Setembro.

Uma das questões que têm vindo a suscitar maior oposição por parte dos principais sindicatos, que serão recebidos na terça-feira no Ministério da Educação, é a questão das quotas das notas atribuídas no processo de avaliação.

O Governo não quer que mais de cinco por cento dos docentes obtenham “Excelente”, a classificação mais alta, enquanto no grupo seguinte - “Muito Bom” – não poderão incluir-se mais do 25 por centos dos professores.

A FENPROF, estrutura mais representativa da classe, afirmou anteriormente que o processo negocial fracassaria se o ministro se mostrasse irredutível, como anunciou, na imposição das quotas.