Sindicatos da PSP marcam nova reunião geral para 07 de abril

20 de mar. de 2015, 16:53 — Lusa/AO Online

  Os sindicatos reuniram-se hoje de manhã, na sede da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP-PSP), em Lisboa, para concertar posições reivindicativas e preparar eventuais formas de luta caso o Ministério da Administração Interna (MAI) avance com a atual proposta de estatuto. O presidente da ASPP, Paulo Rodrigues, disse à agência Lusa que ficou marcada uma nova reunião entre todos os sindicatos para 07 de abril, depois de todas as estruturas sindicais terem reunido com a ministra Anabela Rodrigues. O encontro de 07 de abril vai servir para fazer “um balanço das reuniões com o MAI e tomar uma posição” mediante o resultado das negociações, adiantou Paulo Rodrigues. O presidente do Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL), Armando Ferreira, afirmou à Lusa que todos os sindicatos foram unânimes em considerar “inaceitável” a proposta de estatuto profissional da PSP apresentada pela ministra. ”A proposta não serve os polícias, a Polícia e o país”, sublinhou. Esta reunião ocorre no dia em que a ministra inicia com os sindicatos da PSP negociações sobre o futuro estatuto profissional, sendo a ASPP o primeiro sindicato a ser recebido por Anabela Rodrigues, que no início do mês apresentou às estruturas sindicais a proposta. A ASPP, que tem o encontro marcado para hoje à tarde, vai pedir à ministra que esclareça qual a disponibilidade do MAI em alterar a proposta apresentada. Paulo Rodrigues considerou que o documento tem que ser “revisto na globalidade”, tendo em conta que ficou “aquém das expetativas” e “é o inverso do que estava previsto” pelo anterior ministro, Miguel Macedo. Entretanto, a direção nacional da Polícia de Segurança Pública chamou hoje os presidentes dos sindicatos de polícia para uma reunião, tendo o encontro demorado cerca de uma hora. Sem adiantar pormenores sobre o que foi tratado na reunião, Paulo Rodrigues disse apenas que foram abordadas questões sindicais. Já o presidente do SINAPOL adiantou que a reunião com a direção nacional da PSP “não se centrou necessariamente na questão do estatuto”, tendo também sido abordado assuntos policiais. “O estatuto não é para ser tratado com a direção nacional, mas sim com o MAI”, disse. A direção nacional da PSP convocou os presidentes dos sindicatos para a reunião na quinta-feira à tarde. O aumento da carga horária, a redução dos dias de férias e a criação de um novo regime de avaliação são alguns dos pontos contestados pelos polícias, que exigem que o estatuto consagre a profissão como de risco e de desgaste rápido. A proposta do MAI prevê também a criação dos postos de agente-coordenador e chefe-coordenador e a dispensa do trabalho noturno dos polícias com mais de 58 anos, mantendo o pedido de passagem à pré-aposentação aos 55 anos de idade ou 36 anos de serviço.