Sindicato retira-se das negociações do subsídio de risco dos polícias
3 de ago. de 2021, 17:54
— Lusa/AO Online
Em
comunicado divulgado, o SPP/PSP anunciou que “decidiu abandonar as
negociações e não irá marcar presença nas reuniões agendadas para os
dias 04 e 05 de agosto de 2021”.O
sindicato acusa o secretário de Estado Adjunto e da Administração
Interna, Antero Luís, de ter proposto uma compensação de risco
“ridícula, ofensiva e inaceitável” ao avançar com um valor de 68 euros
por mês, acusando ainda o governante de uma tentativa de “manipulação”
da opinião pública na imprensa, “com afirmações que dão a entender que
os polícias ganham em média dois mil euros por mês, o que não
corresponde à verdade”.O SPP/PSP reitera que não aceita negociar valores de subsídio de risco inferiores a 430,39 euros.Na
quarta-feira de manhã o secretário de Estado Antero Luís reúne-se com
os representantes dos sindicatos e dos representantes das associações
socioprofissionais da GNR e da PSP para continuar a negociação da
atribuição de um subsídio de risco a polícias e militares.O
subsídio de risco é uma das principais e mais antiga reivindicação dos
polícias e a atribuição deste suplemento está prevista no Orçamento do
Estado deste ano, numa decisão dos partidos da oposição e não do Governo
socialista.Inicialmente,
o MAI tinha proposto o valor de 100 euros para os elementos em funções
de ronda e patrulha, 90 euros para quem têm funções de comando e 80
euros para os restantes operacionais, significando, na prática, um
aumento de 68, 59 e 48 respetivamente, uma vez que o suplemento por
serviço nas forças de segurança é atualmente de 31,98 euros.Posteriormente,
o valor apresentado foi de 100 euros para todos os elementos da PSP e
da GNR, representando um aumento de 68 euros.