Sindicato reitera que acordo que evitou greve na SATA é de “aplicação universal”
17 de set. de 2024, 15:00
— Lusa/AO Online
“O que norteou o acordo feito foi a
garantia de que qualquer resultado será de aplicação universal a todos
os trabalhadores do grupo SATA. Os acordos anteriormente firmados
excluíam uma parte substancial dos trabalhadores de terra do grupo
SATA”, realça o SINTAC em comunicado.Aquele
sindicato tinha anunciado a 28 de agosto uma greve dos trabalhadores
de terra da SATA, entre 13 de setembro e 13 de outubro, que acabou por
ser desconvocada na quinta-feira, por volta das 23h00.Na
sexta-feira, o SINTAC considerou que o acordo que levou à desconvocação
da greve é “suficientemente robusto” e envolveu cedências de parte a
parte, mas, no dia seguinte, o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e
Aeroportos (SITAVA) alertou que o acordo em causa foi aquele que
negociou com a empresa no mês de julho.Esta terça-feira,
o SINTAC considera que a “outra proposta, já assinada por outro
sindicato, fez baixar a fasquia”, rejeitando a posição do SITAVA.O
SINTAC alerta também que aquele acordo negociado em julho “geraria uma
enorme injustiça”, uma vez que a “subida de nível” prevista no documento
abrangia “apenas alguns trabalhadores”.“Com
o acordo agora feito conquistou-se a garantia de que todos os
trabalhadores receberão a valorização no seu vencimento base em janeiro
de 2025, sem perder as diuturnidades de função já acumuladas”, defende.O
sindicato promete que “negociará sempre numa perspetiva de que todos
têm direito a ser abrangidos pelos acordos, independentemente da sua
filiação sindical”, afirmando que a “divisão dos trabalhadores” leva à
“perda de direitos”.“O SINTAC garantiu o
resultado positivo para todos os trabalhadores de uma negociação que
acabou antes de começar. É preciso que se perceba que não se fecha
nenhuma negociação de carreiras dos trabalhadores de terra da SATA sem a
presença do SINTAC. É assim que funciona”, avisa a estrutura sindical,
que anexa à nota de imprensa a proposta de mediação negociada.Na
sexta-feira, o dirigente do SINTAC, Filipe Rocha, adiantou que o acordo
envolveu cedências de parte a parte, lembrando que o sindicato defendia
um aumento salarial no vencimento base, enquanto a administração da
SATA pretendia que a valorização acontecesse por via de um complemento
ao salário.“A empresa aceitou parcialmente
a nossa reivindicação, tendo nós acabado por aceitar uma solução mista
em que a valorização acontece parte no vencimento base e parte no
complemento que a empresa queria”, revelou em declarações à Lusa.No dia seguinte, o SITAVA revelou que não foi assinado qualquer outro acordo” entre o SINTAC e a administração da SATA.“O SINTAC foi obrigado a assinar o acordo negociado pelo SITAVA no passado mês de julho”, afirmou o SITAVA em comunicado.