Sindicato pede integração nos quadros de mais de 1.300 docentes nos Açores
28 de mai. de 2020, 15:15
— Lusa/AO Online
“Entende o SDPA que deverá o
número de vagas para provimento do pessoal docente com contrato de
trabalho a termo resolutivo ser estabelecido em paralelismo com o
restante pessoal da Administração Pública Regional. Assim, ao
estabelecer este paralelismo constatamos que existem 1.334 docentes que
poderão reunir condições de integração nos quadros da Região Autónoma
dos Açores”, defendeu o sindicato numa nota de imprensa.Na
sequência de uma reunião, por videoconferência, com o secretário
regional da Educação e Cultura dos Açores, os dirigentes sindicais
reivindicaram a integração de docentes a contrato nos quadros “em
situação de equidade com todo o restante pessoal com relação jurídica de
emprego público” na região.Segundo o
SDPA, o número de afetações reais e contratações anuais é “exagerado”,
face ao número “insignificante e, em alguns casos, inexistente” de vagas
abertas.“A análise da lista de colocação
do concurso externo de provimento de pessoal docente, respeitante ao ano
escolar 2020/2021, comprova a situação de precariedade laboral dos
docentes, apontando os 43 anos de idade e os 13 anos de tempo de serviço
como valores de média para integração dos docentes em lugar de quadro
na Região Autónoma dos Açores”, criticaram os sindicalistas.Segundo
o SDPA, o secretário regional da Educação e Cultura, Avelino Meneses,
disse “existir uma opinião muito diferenciada” sobre esta matéria e
sugeriu “recorrer-se, nesse impasse, a um órgão arbitrário, para sua
resolução”.“É de facto e de direito a
Avelino de Meneses, titular da pasta da educação, desde 2014 até à
atualidade, indiscutivelmente, também atribuída a responsabilidade da
perpetuação da precariedade entre os docentes dos Açores, durante os
seis anos do seu mandato, situação esta sem paralelo com as decisões
políticas das restantes administrações educativas do país e sem paralelo
com os restantes trabalhadores da administração pública regional em que
se procedeu à produção de medidas legislativas para estabelecer a
limitação de contratação sucessiva e respetiva integração no quadro”,
acusaram os dirigentes sindicais.O
sindicato alertou, por outro lado, para a “exaustão em que está
mergulhada a comunidade escolar” devido à pandemia da Covid-19.“No
tempo agitado, perturbante e de profunda complexidade que todos
vivenciamos é por demais evidente que os constrangimentos são amplos”,
frisou.Quanto à planificação do próximo
ano letivo, os dirigentes sindicais disseram não ter obtido respostas
“às questões sobre alterações na organização da componente curricular,
na constituição de turmas, mantendo ou reduzindo o número de alunos”.“Tendo
o SDPA interpelado se já haviam sido pensados cenários de possíveis
planos alternativos à sua organização, entende o secretário regional da
Educação e Cultura que será impossível antever-se, neste momento, o que
poderá acontecer e termos uma visão rigorosa, pois tudo dependerá da
evolução da situação epidemiológica e de fatores que escapam do nosso
controlo, mesmo quando tudo indicia que nos aproximamos da normalidade.
Pelo que será prematuro traçar um plano para o próximo ano letivo, de
momento”, revelaram.Ainda assim,
congratularam-se com a intenção da tutela de “proceder à implementação
de serviços de promoção da segurança e saúde no trabalho nas escolas”.