Sindicato marca greve em IPSS dos Açores para exigir horário semanal de 35 horas
Hoje 15:43
— Lusa/AO Online
“Os
trabalhadores das creches, jardins-de-infância e ATL’s ao serviço das
entidades empregadoras, do setor das Instituições Particulares de
Solidariedade Social (IPSS), nos Açores, independentemente da natureza
do vínculo ou contrato, vão estar em greve entre as 00h00 e as 24h00 do
dia 02 de dezembro de 2025”, anunciou, em comunicado, o Sindicato
dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Alimentação, Bebidas e
Similares, Escritório, Comércio e Serviços, Hotelaria e Turismo,
Transportes e Outros Serviços (SITACEHTT).Segundo a nota, a greve é ainda declarada para todo trabalho suplementar que tenha de ser prestado na terça-feira.O
sindicato adianta que a paralisação tem como objetivo repudiar as
alterações à legislação laboral propostas pelo Governo da República,
exigir o horário semanal de trabalho de 35 horas e pela “dignificação
dos trabalhadores do setor das instituições particulares de
solidariedade social nos Açores”.Além
disso, acrescenta o sindicato, a greve também surge “como resposta à
ameaça de não pagamento do subsídio de Natal” aos trabalhadores do setor
social, um direito considerado "fundamental para a estabilidade
financeira das famílias, sobretudo na época festiva".“A
insegurança quanto à liquidação da gestão e do subsídio resulta de
atrasos e insuficiências na transferência de verbas públicas para as
instituições empregadoras. Os trabalhadores não são responsáveis por
problemas de financiamento, não devem ser penalizados por falhas de
gestão entre governos e instituições empregadoras”, alega.Para
o SITACEHTT/Açores “é fundamental que se proceda ao pagamento do
subsídio de Natal devido a todos os trabalhadores das IPSS e
misericórdias afetados e que sejam estabelecidas de garantias sólidas
por parte das entidades competentes (Governo Regional, Segurança Social e
direções das IPSS e Misericórdias) de que esta situação de
incumprimento jamais se repetirá”.Os
trabalhadores das IPSS e misericórdias açorianas “exigem respeito,
dignidade e o cumprimento dos seus direitos” e “continuarão em luta até
que o dinheiro, que é seu por direito e mérito, esteja nas suas contas”,
lê-se na nota.A URIPSSA - União Regional
de Instituições Particulares de Solidariedade Social dos Açores e a URMA
- União Regional de Misericórdias dos Açores indicaram recentemente que
correm o “risco iminente” de falta de pagamento dos salários de
novembro e do subsídio de Natal aos trabalhadores.O assunto tem sido referido nas últimas semanas por sindicatos e partidos políticos da região.