Sindicato mantém greve dos enfermeiros na sexta-feira face a proposta “inadmissível”
1 de ago. de 2024, 11:05
— Lusa/AO Online
“A proposta
[apresentada pelo Governo] continua a ser inadmissível, intolerável e,
por isso, os enfermeiros terão razões acrescidas para manifestar a sua
fortíssima indignação com a greve do dia 02 de agosto”, afirmou aos
jornalistas o presidente do SEP no final da reunião com o ministério de
Ana Paula Martins.Segundo José Carlos
Martins, o Ministério da Saúde propôs, na grelha salarial da categoria
de enfermeiro, um aumento de 52 euros para todas as posições
remuneratórias. Além disso, nas grelhas
salariais de enfermeiro-especialista e enfermeiro-gestor, o “Governo
propõe não alterar grelha nenhuma”, afirmou o dirigente sindical,
adiantando que a proposta prevê, porém, que os enfermeiros que estão
hoje nessas categorias possam dar um “salto de uma posição
remuneratória”. Essa proposta implica que,
para “quem entrar no futuro, o valor económico do trabalho dos
enfermeiros especialistas e chefes se mantém exatamente igual ao que
hoje temos”, lamentou o presidente do SEP.José
Carlos Martins salientou ainda que o Ministério da Saúde “continua sem
apresentar qualquer proposta” para compensar o risco e a penosidade da
profissão, desde logo, a possibilidade da aposentação antecipada.“Vai
haver uma próxima reunião no dia 12 de setembro e o apelo que reafirmo é
que os enfermeiros expressem massivamente a sua indignação no dia 02 de
agosto e que adiram a todo o plano de luta que vai acontecer durante o
verão”, apelou o dirigente do SEP.A 16 de
julho, o sindicato convocou uma greve para 02 de agosto, alegando que a
apresentação da proposta de alteração das grelhas salariais continuava
por cumprir.