Sindicato dos impostos ameaça com novas formas de luta se não tiver respostas do Governo
9 de set. de 2024, 11:51
— Lusa/AO Online
Num comunicado
enviado às redações, o STI começa por acusar o anterior Governo de
ter desvalorizado as carreiras especiais da Autoridade Tributária e
Aduaneira (AT). Dirigindo-se ao atual
executivo, avisa que os seus dirigentes esperam "sair da reunião com o
Governo [que decorre hoje no Ministério das Finanças] com mais que um
conjunto vago de ideias, sob pena de se ver forçado a avançar para
outras formas de luta, a começar imediatamente e por tempo
indeterminado".O STI aproveita também para
saudar a entrada de cerca de 400 novos inspetores da AT, que hoje
iniciam funções, mas acentua que isso não vai resolver do "problema
urgente" da falta de pessoal nos serviços locais.Além
disso, observa, este número de entradas "não consegue eliminar a
instabilidade do setor" devido ao número mensal de saídas de
trabalhadores da AT, cuja idade média ronda os 56 anos, acentuando ainda
que são necessários "anos de experiência até que um inspetor tributário
e aduaneiro esteja capaz de fazer de forma totalmente autónoma um
procedimento de inspeção".O sindicato
liderado por Gonçalo Rodrigues lamenta ainda que a AT não tenha
autorizado a distribuição de uma pasta com material sindical aos novos
inspetores, durante a cerimónia de acolhimento de hoje.Entre
o material que queria entregar está uma mensagem de boas-vindas, uma
ficha de inscrição, uma caneta e um bloco de notas, segundo refere o
comunicado, com o STI a lamentar a decisão da AT e considerar que o
trabalho sindical ficou prejudicado.