Sindicato diz que proposta de extinção de empresa açoriana não assegura direitos laborais
24 de out. de 2018, 16:02
— Lusa/AO Online
Em
conferência de imprensa, realizada na cidade da Horta, João Decq Mota,
coordenador regional do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e
Sociais do Sul e Regiões Autónomas, defendeu a necessidade de serem
apresentadas propostas de alteração para salvaguardar o interesse dos
trabalhadores."Se
as propostas de alteração que agora apresentamos não forem tidas em
conta, serão criadas desigualdades, nomeadamente, salarial, contagem do
tempo de serviço, avaliação, etc, entre os trabalhadores da SPRHI que
vierem a ser integrados na Administração Regional e os trabalhadores que
já desempenham funções idênticas na Função Pública", advertiu João Decq
Mota.Em causa
estão cerca de duas dezenas de funcionários até agora afetos à SPRHI,
que após a extinção da empresa serão integrados noutros serviços da
Administração Pública Regional, e que alegadamente não ficarão no mesmo
pé de igualdade que os outros trabalhadores da função pública.O
dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas lamentou,
por outro lado, a forma, que diz ser "ligeira", como a Assembleia
Legislativa Regional está a apreciar a proposta de extinção da SPRHI, ao
ponto de, alegadamente, não cumprir os prazos legalmente estabelecidos
para a emissão de pareceres."Não
compreendemos nem podemos aceitar que, tendo sido estabelecido o prazo
legal de 23 de outubro, para envio de sugestões e pareceres, a Comissão
de Política Geral tenha elaborado o relatório e parecer sobre a proposta
de DLR em 12 de outubro de 2018, e considerado que a iniciativa em
apreço está em condições de subir a plenário para ser discutida",
lamentou João Decq Mota.O
dirigente sindical açoriano apelou, por outro lado, a "todos os
trabalhadores da administração pública central, regional e local", para
que adiram "massivamente" à greve nacional marcada para sexta-feira,
pela luta por aumentos de salários, valorização das carreiras,
erradicação da precariedade, melhoria dos serviços públicos e pela
aposentação com 36 anos de serviço."As
nossas reivindicações são justas e, por isso, reafirmamos a nossa
inteira disponibilidade para lutar pelos nossos objetivos, que são
também na defesa dos direitos de todos os cidadãos", frisou.