Greve da SATA mantém-se
Sindicato diz que não se intimida com Carlos César
O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) assegurou que a greve na SATA "vai continuar até ao fim", alegando que as declarações do presidente do Governo Regional "não intimidam quem luta pela justiça".

Autor: Lusa/AO online
O sindicalista Antero de Quental adiantou à agência Lusa que, "apesar de não ser intenção do SITAVA, a greve contra a segmentação da transportadora aérea conseguiu irritar o presidente do Governo Regional", que tem proferido declarações de "enorme arrogância".

    O chefe do executivo açoriano, que acusou o sindicato de irresponsabilidade ao convocar esta nova paralisação na SATA, reafirmou hoje que não encontra razões para a greve em curso e que "os dirigentes do SITAVA não sabem mais o que hão-de dizer para justificar uma greve que não tem justificação nenhuma".

    Carlos César recordou que todos os compromissos já foram expressos por si aos trabalhadores da SATA e é com eles que quer falar, "porque esses respeitam o seu emprego, querem o seu emprego, valorizam a sua empresa. Não são sindicalistas de ocasião, nem a soldo de partidos políticos ou de direcções sindicais de fora da Região".

    Para Antero de Quental, as palavras de Carlos César "não intimidam" o SITAVA, que "representa 90 por cento dos trabalhadores de terra da SATA", assegurando que "a luta é para levar até ao fim".

    "Eu não sou militante de nenhum partido político, apesar de fazer parte das listas de candidatos da CDU/Açores às regionais, e são açorianos que dirigem esta greve", afirmou Antero de Quental, acrescentando que a paralisação da SATA "não deve ser misturada com política".

    Como forma de protesto contra a eventual segmentação do grupo, os trabalhadores de terra da companhia aérea açoriana iniciaram, na segunda-feira, uma nova greve parcial ao trabalho suplementar que se vai estender até dia 15.

    Convocado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA), este segundo protesto no espaço de um mês realiza a partir de hoje e até dia 07 a entrada duas horas mais tarde em cada turno e saída uma hora mais cedo.

    Segundo Antero de Quental, até ao momento, a greve não provocou grandes transtornos aos passageiros, uma vez que a SATA alterou os horários dos trabalhadores de terra.

    "O meu horário normal é das 09:00 às 17:00, mas, durante a greve, vou passar a entrar no armazém às 08:00 e sair às 17:00", disse o sindicalista, alegando que o sindicato não ficou espantado com esta decisão legal por parte da administração da transportadora área açoriana.