Sindicato diz que Governo Regional prolonga austeridade e ataca imagem dos professores
29 de dez. de 2017, 13:42
— Lusa/AO online
Aquilo
que foi afirmado (...) é ofensivo para a classe docente, visa denegrir a
imagem dos professores e educadores de infância que servem o sistema
educativo regional, e isso para nós é absolutamente inaceitável",
considerou hoje o presidente da direção do SDPA, José Pedro Gaspar, em
conferência de imprensa na sede do sindicato, em Ponta Delgada.O
responsável abordava declarações do secretário regional da Educação e
Cultura, Avelino Meneses, que na quinta-feira considerou que o SDPA
confundiu uma greve com um “prolongamento de férias", ao agendar uma
paralisação dos docentes para o período entre 03 e 05 de janeiro."A
greve não tem discussão, é um direito inalienável de todos os
trabalhadores. Agora, de 03 a 05 de janeiro, confundir uma greve quase
como um prolongamento de férias creio que não dignifica muito o
sindicalismo dito democrático que se reclama da concertação, da ética e
da inovação", sustentou aos jornalistas Avelino Meneses, depois de se
ter reunido com o Sindicato dos Professores da Região Açores (SPRA).Hoje,
o SDPA reiterou o apelo à mobilização dos docentes para a greve no
início de janeiro, advogando que o governo regional não deve aguardar o
descongelamento de carreiras a nível nacional, antes devia ter em conta
que "o desfasamento nas progressões é maior" na região autónoma."Há,
da parte do Governo Regional dos Açores, disponibilidade para resolver
os problemas da classe docente?", interrogou José Pedro Gaspar, que não
exclui outras formas de luta no futuro caso não surja a abertura de um
"processo negocial" com o executivo liderado pelo socialista Vasco
Cordeiro.O
Governo dos Açores sublinhou na quinta-feira que, a partir de 01 de
janeiro, cerca de 2.000 professores serão abrangidos nos Açores pelas
progressões na carreira docente.A greve convocada pelo Sindicato Democrático dos Professores dos Açores (SDPA) decorre entre 03 e 05 de janeiro.