Sindicato denuncia nos Açores “crescente carência” de professores com habilitação
18 de set. de 2023, 16:37
— Lusa
Em conferência de imprensa, em
Ponta Delgada, o líder do SDPA, António Fidalgo, referiu que existe uma
“gravidade incontornável da crescente carência de professores com
habilitação profissional para suprir as necessidades das escolas”, que
recorrem cada vez mais a pessoas que "não possuem habilitação para a
docência e que, no limite, podem apresentar habilitações inferiores a
licenciatura".O dirigente sindical
enumerou ainda a “falta de um combate efetivo à instabilidade e à
precariedade laboral”, a “insuficiência de incentivos” de apoio aos
professores e o acumular de tarefas burocráticas “infindáveis e, por
vezes, redundantes”, como responsáveis por desviar os docentes “da nobre
missão que é ensinar”.Numa análise à
falta de docentes, António Fidalgo considerou que “não se pode deixar de
salientar que existem dificuldades no que respeita ao apuramento das
necessidades de horários das diferentes escolas”.Segundo
o dirigente, este facto “origina discrepâncias entre os quadros de
apuramento de vagas disponibilizadas" para os concursos.António
Fidaldo referiu também que, no ano letivo 2023/2024, o Governo Regional
“recorreu a 589 docentes contratados a termo resolutivo, no entanto,
vinculou apenas 143 docentes, eternizando assim a condição de
precariedade laboral dos docentes na região”.“A
falta de professores agravou-se face ao ano letivo anterior e é já
transversal aos diversos grupos disciplinares e às diferentes ilhas,
inclusivamente, em escolas dos maiores centros urbanos”, disse.O
SDPA defendeu que “é essencial que se proceda a uma revisão do
regulamento de concursos que permita corrigir alguns dos
constrangimentos já referenciados por este sindicato desde 2019”.