Autor: Lusa/AO Online
Segundo uma nota de imprensa da direção do SPRA, apesar de o número de vinculações de contratados ocorridas na presente legislatura “caminhar para a (sua) exigência colocada há três anos, de pelo menos 400 docentes até 2020”, a evolução alterou-se face ao “número elevado de aposentações e as reduções da componente letiva por antiguidade”.
A estrutura sindical especifica que estas reduções por antiguidade “abrangeram, entretanto, muitos docentes no ativo e aumentaram a necessidade de contratações sem termo pela escola”.
Para a direção do SPRA, os níveis de precariedade “são demonstrados pelo facto de a maioria esmagadora das vinculações ocorrer com mais de 10 anos de serviço na região, sendo comum a vinculação com 14 anos”, por exemplo.
O sindicato quer, por isso, uma inversão desta realidade.
O SPRA refere que nas escolas “continuam a trabalhar muitos docentes contratados a termo que dão resposta a necessidades que são permanentes”.
Além disso, acrescenta, mesmo com a recusa por parte da Direção Regional de Educação, 10% dos docentes a trabalhar no arquipélago foram colocados na primeira lista de contratação.
“Muitas colocações correspondem a reais necessidades que permanecem ano após ano, pelo que terão de se traduzir na abertura de vagas, reduzindo, assim, os níveis de precariedade”, defende a estrutura.
O sindicato considera que a profissão “continua marcada por inaceitáveis níveis de contratação a termo”, o que revela “um fortíssimo fator de desvalorização da profissão e uma das causas principais da sua perda de atratividade”.
“A prolongada precariedade
afasta muitos dos que já exerceram a profissão e desincentiva muitos
outros de optarem por se qualificar para a docência”, conclui a direção.