Sindicato da PSP e associação da GNR defendem subsídio de risco a rondar os 380 euros
29 de abr. de 2021, 16:18
— Lusa/AO Online
Segundo a ASPP e a APG, este
valor deve servir de base para as negociações com o Governo sobre a
atribuição de um subsídio de risco para as forças de segurança, que tem
de estar concretizado até ao fim de junho, tal como está previsto no
Orçamento do Estado deste ano.As
associações socioprofissionais da Guarda Nacional Republicana e os
sindicatos da Polícia de Segurança Pública estiveram hoje reunidos com o
secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, Antero Luís,
para debater a revisão dos suplementos e subsídios nas forças de
segurança.Os representantes destas
estruturas saíram da reunião desiludidos por não ter sido apresentado
por parte do Ministério da Administração Interna (MAI) qualquer proposta
para dar início ao processo de negociação.“Como
era uma reunião por causa do subsídio de risco, pensávamos que já havia
uma proposta por parte do Governo, mas não foi apresentado nada”, disse
à agência Lusa o presidente da APG, lamentando não existir "nada em
concreto".César Nogueira salientou que é
importante que o Governo apresente um valor para se iniciar o processo
de negociação, frisando que a proposta da APG está num caderno já
entregue ao MAI, sendo essa a base para se chegar a um consenso.“A
nossa proposta é 20% sobre o primeiro nível remuneratório de capitão,
isso dá cerca de 389 euros”, disse, precisando que esse valor é fixo
para todas as patentes.Também o presidente
da ASPP lamentou à Lusa “a falta de informação” apresentada pelo
secretário de Estado, considerando que se tratou de uma reunião que “não
passou do campo das intenções”.Paulo
Santos disse que já existe “pouco tempo” para a negociação do subsídio
de risco porque o Orçamento do Estado estabelece que esteja concluído
até ao final do primeiro semestre.O
presidente da ASPP defende que o subsídio de risco para o efetivo da PSP
tenha um valor idêntico “ao que já existe em outras forças de
segurança”, nomeadamente a Polícia Judiciária, que ronda os 380 euros.“Este
é o valor colocado pela ASPP em cima da mesa para início das
negociações” disse, acrescentando que o sindicato enviou esta semana
esta proposta para o MAI. Em comunicado, o
Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP/PSP) refere também que o
“Governo se ficou pelas promessas e não avançou com nada em concreto” e
exige que “passe das palavras aos atos”.Para o SPP, deve ser definido “um valor significativo e igual para todos” os polícias, independentemente das carreiras. Num
comunicado enviado no final da reunião, o MAI refere o subsídio de
risco e o suplemento remuneratório para os profissionais da GNR e da PSP
“dominaram o debate na reunião de hoje, tendo em conta as determinações
constantes da Lei do Orçamento de Estado para 2021”.“Dada
a necessidade de obter contributos suplementares, foi decidido
prosseguir os trabalhos numa reunião marcada já para o próximo mês de
maio. No caso específico do subsídio de risco, foi aprovada a criação de
um grupo técnico entre o gabinete do secretário de Estado e as
associações e sindicatos que reunirá de forma regular”, salienta o MAI.O
Ministério da Administração Interna indica ainda que esta reunião deu
continuidade ao processo negocial iniciado em 2020 sobre matérias
relativas à valorização profissional, que permitiu analisar também as
prioridades da nova Lei de Programação de Infraestruturas e Equipamentos
das Forças e Serviços de Segurança e um novo modelo de Segurança e
Saúde no Trabalho.