Autor: Lusa/AO Online
Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (SINTAP) avança que “chegou finalmente a um acordo” com a União Regional das Instituições Particulares de Solidariedade Social dos Açores (URIPSSA), após um “longo, mas positivo, processo negocial”.
O sindicato diz que o acordo incide sobre uma “revisão global da convenção coletiva de trabalho” dos trabalhadores, “nomeadamente no que diz respeito ao seu clausulado sobre carreiras, progressões, salários e subsídio de refeição”.
“No que toca a matérias remuneratórias conseguiu-se um aumento na ordem dos 2,75% da massa salarial da tabela remuneratória dos trabalhadores das IPSS, bem como um aumento de 17 cêntimos do subsídio de refeição, produzindo estes aumentos efeitos retroativos a 01 de janeiro do corrente ano”, lê-se na nota de imprensa.
O SINTAP revela que “praticamente todas as carreiras” que eram unicategoriais vão passar a pluricategoriais, e que vão ser criadas as carreiras de Ajudante de Educação Especialista Principal e de Técnico de Informática.
O sindicato elogia a atuação do Governo Regional que, ao “reforçar de forma substancial as transferências financeiras da Segurança Social”, tornou “possível a obtenção desta valorização profissional e remuneratória dos trabalhadores”.
“O SINTAP não pode deixar de relevar o importante contributo dado pelo Governo Regional para o sucesso destas negociações coletivas”, indica o Sindicato.
Em dezembro, os trabalhadores das IPSS e das Misericórdias dos Açores estiveram em greve, que alcançou os 75% de adesão, segundo disse então fonte sindical.
A greve dos trabalhadores das IPSS levou à paralisação de creches, jardins-de-infância da região, lares de idosos, centros de dia e centros de atividades ocupacionais, sendo que “algumas salas de jardins-de-infância estão a funcionar, mas as cozinhas estão fechadas”.
Os trabalhadores das IPSS e Misericórdias dos Açores já tinham cumprido nos dias 28 e 29 de outubro um primeiro período de paralisação, em protesto pelos aumentos propostos pela URMA (União Regional das Misericórdias dos Açores) e pela URIPSSA, que não vão além de 1%.
A 29 de outubro de 2021 os representantes das IPSS e Misericórdias nos Açores manifestaram-se disponíveis para dialogar com os sindicatos, sem avançar datas, mas criticaram a altura escolhida para a greve.
A
17 de janeiro, o SINTAP revelou que chegou a acordo com as
misericórdias dos Açores sobre aumentos salariais de 2,5%, com efeitos
retroativos a 01 de julho de 2021.