Sindicato anuncia greve dos trabalhadores da saúde a 01 de julho
7 de jun. de 2022, 12:25
— Lusa/AO Online
A paralisação, que abrange todos
os profissionais do setor à exceção de médicos e enfermeiros, é a
primeira desde o início da pandemia da covid-19 e, segundo a
coordenadora da Federação, foi motivada por reivindicações antigas que
continuam sem resposta."Existe uma vontade
de aderir à luta porque, na verdade, são muitos anos à espera de
concretização e de resolução dos seus problemas", disse Elisabete
Gonçalves em conferência de imprensa, acrescentando que “depois de
tantas palmadinhas (durante a pandemia), nada se resolve”.Em
concreto, a coordenadora da FNSTFPS fala em problemas que afetam
auxiliares de ação médica, técnicos superiores de saúde e técnicos
superiores de diagnóstico e terapêutica, e que acentuam a instabilidade
nos serviços de saúde e prejudicam o Serviço Nacional de Saúde."São
situações que poderão parecer diversas e distantes, mas que no seu
conjunto criam uma desmotivação aos trabalhadores da saúde, que em
termos de retenção de trabalhadores na saúde em nada beneficia",
referiu.Elisabete Gonçalves denuncia
sobretudo problemas relacionados com a carreira desses profissionais,
reivindicando a reposição da carreira de técnico auxiliar, e criticando
também a alteração da carreira dos técnicos superiores de diagnóstico
que “não traduz as especificidades destes trabalhadores”.“Quanto
aos técnicos superiores de saúde, há anos que lutam por procedimentos
concursais de promoção que não estão a ser feitos, o que limita a
valorização destes trabalhadores”, explicou a coordenadora.A
greve de dia 01 de julho é dirigida a todos os trabalhadores de
Portugal continental e da região autónoma dos Açores, sendo antecedida
de uma paralisação a 30 de junho na região autónoma da Madeira, por ser
feriado no dia seguinte.