Sindicato admite greve em 2020 de trabalhadores dos matadouros nos Açores
12 de dez. de 2019, 17:42
— Lusa/AO Online
Em nota, o sindicato refere que reuniu na
quarta-feira com o secretário regional da Agricultura e Florestas dos
Açores para debater a proposta de reposição da carreira específica
regional dos trabalhadores dos matadouros dos Açores, "e foi com
surpresa" que os sindicalistas constataram uma mudança do executivo.Segundo
o sindicato, os Açores são "a única região do país onde existem
matadouros públicos", pelo que a estrutura sindical apresentou "em
setembro deste ano ao secretário regional da Agricultura e Florestas
(João Ponte) a proposta de reposição da carreira específica para os
matadouros dos Açores que existia até 2008".A
proposta defendia que "fosse contado o tempo desde que a carreira foi
extinta para efeitos de colocação no índice adequado a partir da data de
entrada em vigor da presente carreira"."Nessa
altura", segundo o sindicato, "o secretário regional afirmou que iria
avaliar a proposta com o vice-presidente do Governo Regional e trabalhar
na proposta ficando de enviar uma contraproposta até final de novembro"
e "nessa reunião ficou ainda acordado tudo fazer para criar condições
de modo a chegar a um acordo até ao final do corrente ano".Agora,
alega o sindicato, houve esta mudança "repentina” de posição do Governo
Regional, acrescentando que "tudo fará para que seja feita justiça a
estes trabalhadores, tendo em conta o regime excecional em que exercem a
sua atividade nos matadouros da região".Na
nota, o sindicato adianta que vai realizar em janeiro plenários nos
matadouros da região, "com vista a programar diversas ações de luta a
desenvolver que poderá passar nomeadamente pela greve". Por
outro lado, o sindicato reafirma que a carreira de Polícia Florestal
"deverá ter três categorias, a exemplo do que acontece atualmente, com
uma diferenciação funcional para cada uma delas".Na
mesma nota, a estrutura sindical diz que o Governo da República
“insiste em prosseguir a política de desvalorização dos serviços
públicos e dos seus trabalhadores”, apesar de “na anterior legislatura”
se terem registado “ligeiros avanços, mas todos eles muito
insuficientes” e “só conseguidos porque os trabalhadores e mobilizaram e
lutaram”.