Sindicato acusa Governo dos Açores de manter precariedade dos professores
30 de mai. de 2019, 17:55
— Lusa/AO Online
Segundo uma nota de
imprensa da estrutura sindical, uma análise da lista ordenada de
graduação do concurso externo de provimento de pessoal docente relativa
ao ano escolar 2019/2020 “comprova a situação de precariedade laboral
dos docentes”. O SDPA considera que a
“perpetuação da precariedade laboral” dos docentes na Região Autónoma
dos Açores surge em “incumprimento com o determinado na Diretiva
Comunitária 1999/70/CE, do Conselho, de 28 de junho de 1999, quanto à
limitação da contratação de trabalhadores a termo resolutivo”.O
sindicato exemplifica que “existem docentes contratados com 50 anos de
idade e 23 anos de serviço e com 47 anos de idade e 20 anos de serviço”,
enquanto o executivo açoriano “mantém os professores contratados
condenados a uma situação de precariedade que se perpetua no tempo”.A
média de idades dos docentes que obtiveram vinculação em lugar do
quadro de escola é de 44 anos e a média respeitante ao tempo de serviço
docente prestado é de 14 anos, de acordo com o SDPA.“O
Governo Regional dos Açores não quer assumir as suas responsabilidades
para com os docentes que têm lecionado, sucessivamente, nos Açores, em
regime de contratos de trabalho a termo resolutivo, há pelo menos 1095
dias, isto é, há mais de três anos, e que totaliza 1184 professores e
educadores de infância da região autónoma”, refere-se na nota de
imprensa.Para o SDPA, o executivo açoriano
“por contraste e em oposição ao que acontece nas restantes
administrações educativas” do país - numa alusão ao Ministério da
Educação e Região Autónoma da Madeira – “recusa-se, reiteradamente, a
produzir legislação que concretize a efetiva diminuição da precariedade
laboral que grassa entre a classe docente”.