SINAPOL/Açores diz que fraca adesão de polícias à manifestação prova “falta de efetivo” na região
13 de out. de 2017, 06:34
— Lusa/AO Online
"No fundo, é um reflexo que o efetivo
está deficitário, nós temos cerca de duzentos elementos ou mais que
fazem falta e não estão no quadro, foi agora recentemente anunciado que
eram cerca de 35 elementos que vinham em reforço policial, vieram
inicialmente na ordem dos 15 a 16 elementos, houve um convite em ordem
de serviço para deslocação de elementos ao abrigo do deslocamento,
ajudas de custo e só dois é que foram deslocados porque não há
interesse", declarou.O sindicalista lembrou que nos Açores
existem esquadras que funcionam "com dois elementos e às vezes com
apenas um" durante a noite e, por isso, defendeu uma reformulação para a
PSP na Região, não colocando de parte o encerramento de esquadras."Tem
de haver um investimento por parte do próprio Ministério da
Administração Interna, a própria direção nacional tem de olhar para os
Açores de um modo completamente diferente, porque estamos sediados nas
nove ilhas e porque não começar a pensar em dar um novo ênfase
possivelmente com uma reformulação total dos departamentos que existem,
mas isso cabe ao poder politico decidir", afirmou.O
vice-presidente da SINAPOL nos Açores falava nas reivindicações
especificas para os Açores e que vão além das reivindicações
transversais a todos os elementos policiais, como o "desbloqueamento dos
indicies remuneratórios" e a "aplicação da totalidade do nosso
estatuto". "O sistema no apoio à doença, que é transversal a
todas as forças de segurança e serviços, em que nós pagamos tal e qual
como pagam os elementos no continente, os 3,5% sobre o ordenado base,
mas na realidade não temos qualquer tipos de serviço de assistência
médica a não ser um ou outro protocolo na área das análises",
exemplificou.Segundo o sindicalista, a concentração de elementos
da PSP, GNR e da Policia Marítima à porta da residência oficial do
presidente do Governo Regional dos Açores foi também um "ato simbólico e
de solidariedade para com os colegas que estão no Terreiro do Paço"."Nós
estamos num país seguro, somos o terceiro país mais seguro do mundo, a
nossa região tem um dos índices de criminalidade mais baixas, mas tem
sido à custa do esforço dos elementos policiais e está na hora de dizer
basta", sublinhou.A direção do secretariado regional dos Açores
do SINAPOL não foi recebida hoje por qualquer membro do Governo Regional
dos Açores, mas António Santos adiantou que já foi pedida uma reunião
com os governantes."Sabemos perfeitamente que o próprio governo
regional tem sensibilizado o Ministério da Administração Interna, mas
precisamos muito mais, esta é a primeira medida que tomamos, mas iremos
tomar outras que a curto prazo serão difundidas e passará certamente com
uma comunicação acentuada junto do turismo nos portos e aeroportos como
já foi feito", disse.