Autor: Rafael Dutra
O pescado descarregado em lota na Região Autónoma dos Açores e o valor gerado com esse mesmo pescado diminuíram em abril de 2025, em comparação com o mesmo período do ano transato, o que significa uma descida homóloga pelo quarto mês consecutivo, segundo o Serviço Regional de Estatística dos Açores (SREA).
De acordo com estes dados, consultados pelo Açoriano Oriental, verifica-se que de janeiro a abril de 2025 foram descarregadas em lota 1199 toneladas de pescado, quantidade muito inferior às 2564 toneladas registadas nos primeiros quatro meses de 2024, o que representa uma redução homóloga de 46,8%.
Esse pescado
teve um valor total de 8 milhões e 593 milhares de euros de janeiro a
abril de 2025, bastante inferior aos 11 milhões e 687 milhares de euros
registados no mesmo período do ano anterior, o que significa um
decréscimo em termos homólogos de 73,5%.
Ou seja, nos primeiros quatro meses de 2025, foram registadas quatro quebras homólogas consecutivas, a última das quais registada em abril.
Neste mês, foram descarregados em lota 467,7 toneladas de pescado, com um valor total de 2,9 milhões de euros.
Em comparação com o mês homólogo, foi registado um decréscimo de 64,8% em relação à quantidade de pesca descarregada e uma variação negativa de 33,4% face ao valor gerado com o pescado capturado.
“Mais de dois terços das descargas foram efetuadas na ilha de São Miguel (72,2%) e 58,5% do valor total das vendas foi gerado nesta ilha”, explica o SREA.
Novamente, a ilha do Corvo apresentou o preço médio mais elevado, com 18,38 euros por quilograma (euros/kg), valor consideravelmente superior à média regional (6,22 euros/kg).
“Em termos de variação, o volume de pescado descarregado em lota teve um decréscimo de 64,8% relativamente ao mesmo mês do ano passado, aumentou cerca de 39,9% em relação ao mês anterior e diminuiu 20,3% na média dos últimos 12 meses”, é possível ler no documento publicado pelo gabinete de estatística regional.
Já em
relação ao valor do pescado descarregado em lota, o SREA aponta que
houve uma variação homóloga mensal negativa de 33,4%, uma variação
mensal positiva de 18,7% neste mês e uma variação média dos últimos 12
meses negativa de 11,4%.