Serviços identificaram 957 mil pessoas acima dos 50 anos para vacinar
Covid-19
8 de fev. de 2021, 17:41
— Lusa/AO Online
De acordo
com a ministra da Saúde, Marta Temido, “estas listagens foram
comunicadas às unidades de cuidados de saúde primários, que começaram já
a agendar e convocar as pessoas para a vacinação” contra a covid-19,
esclarecendo ainda que há já “40 unidades a trabalhar nestes moldes” e
que na terça-feira arrancam outras 59, com total cobertura do território
nacional.“Foram realizados já 2.380
agendamentos e foram enviados 1.677 SMS, tendo 902 pessoas respondido
que sim. As pessoas que não estejam inscritas ou não tenham médico de
família podem aceder ao médico que as segue e pedir uma declaração. Já
foram carregadas 4.140 declarações deste tipo”, revelou Marta Temido.Em
declarações prestadas numa conferência de imprensa na qual fez um ponto
de situação sobre o plano de vacinação contra a Covid-19, após uma
reunião, por videoconferência, com a ‘task force’ para o plano nacional
de vacinação, a governante reiterou também que a
convocatória será feita “através de carta ou SMS dirigida ao telemóvel
associado ao número de utente daquela pessoa e que identifica o
destinatário da vacina”, existindo um reforço de contacto em caso de
ausência de resposta.Paralelamente, a
ministra da Saúde avançou que até ao final desta semana será lançado um
simulador ‘online’ – entre outras funcionalidades - no portal covid-19
para as pessoas com mais de 50 anos poderem saber se estão nas listas já
definidas para a primeira fase de vacinação. “Para
tal bastará que sejam inseridos alguns dados, como o número do Serviço
Nacional de Saúde, a data de nascimento ou o nome completo. E este
simulador irá permitir às pessoas ter um melhor acompanhamento daquilo
que é a sua inclusão no processo e, caso não estejam incluídas, poderem
fazer a necessária correção”, resumiu.Questionada
sobre a gestão de ‘stocks’ das diferentes vacinas e a garantia de
reservas das vacinas desenvolvidas pela Pfizer/BioNTech e Moderna
perante a não recomendação de administração da vacina da AstraZeneca a
pessoas acima dos 65 anos, a ministra da Saúde defendeu que o país “tem
feito sempre uma gestão que lhe permite garantir que numa falha numa
entrega, tem quantidade de ‘stock’ disponível para segundas doses”.“É
uma gestão de riscos e um princípio de prudência. Nem nunca utilizamos
as vacinas todas, nem descuramos completamente os ‘stocks’, mas
procuramos maximizar aquilo que é o aproveitamento das doses que nos são
disponibilizadas”, notou, reconhecendo que as entregas de vacinas
confirmadas para o primeiro trimestre “são 1,9 milhões, ou seja, menos
do que aquilo que inicialmente” Portugal tinha contratado com as
diversas farmacêuticas.Marta Temido
clarificou ainda que a vacina da Pfizer será preferencialmente alocada
às estruturas residenciais para idosos, a da Moderna destinar-se-á,
sobretudo, a profissionais de saúde, e a da AstraZeneca irá para os
profissionais de serviços essenciais (cuja vacinação arranca esta semana
e prevê cerca de 19.000 inoculações) e para as pessoas com idades entre
os 50 e os 65 anos e uma das comorbilidades identificadas como de risco
para a Covid-19.