Selecionador Paulo Pereira traça balanço "extremamente positivo"
Andebol/Mundial
25 de jan. de 2021, 12:56
— Lusa/AO Online
Paulo Jorge
Pereira considerou que a participação lusa no Mundial foi condicionada
ao nível da planificação, sem tempo para realizar jogos-treino, e por
algumas lesões de atletas, o que é complicado para uma equipa que "tem
que jogar sempre nos limites".“Acabamos
por só perder com a Noruega, vice-campeã mundial, e por um (29-28), e
com a França, uma das melhores seleções do mundo”, referiu Paulo
Pereira, algo “triste” com a diferença de nove golos no encontro de
domingo com os gauleses (23-32).O
selecionador nacional reconheceu que Portugal fez um jogo "abaixo das
suas capacidades, principalmente ao nível da finalização", mas a derrota
pesada no encontro decisivo não belisca a prestação lusa nem o "orgulho
enorme" que sente pelo grupo de trabalho.“É
um processo de aprendizagem. Temos de ter estas experiências [marcar
presença nas principais provas] de forma consecutiva”, disse o
selecionador, considerando que Portugal “já está no alto nível, mas tem
que consolidar essa posição, e isso consegue-se com experiência”.Paulo
Jorge Pereira apontou que a seleção, desde a concentração, nunca teve o
grupo completo, com os problemas físicos de Gilberto Duarte, Alexandre
Cavalcanti e Luís Frade, e pequenas ‘mazelas’ de André Gomes, Victor
Iturriza e Daymaro Salina.“Ainda não
estamos preparados fisicamente para jogar tantos jogos seguidos. Ainda
por cima, sempre no limite e com a obrigação de ganhar”, explicou o
selecionador a partir do Cairo, em conferência de imprensa através da
plataforma Zoom.As limitações físicas
obrigaram Paulo Jorge Pereira a preparar vários planos B e C para os
jogos, mas impediram, por exemplo, a formulação de um sistema defensivo
alternativo, uma vez que as lesões incidiram sobre os defesas centrais
(pivôs).Falhado o objetivo de atingir os
quartos de final e o ‘top-8’ do Mundial2021, e a luta pelas medalhas,
Paulo Jorge Pereira assume que, “embora possa parecer arrogante e
irrealista”, seria uma “cobardia”, com a qualidade dos atletas de que
dispõem, “não ter assumido uma meta ambiciosa”.“O
próximo sonho é ir aos Jogos Olímpicos [Tóquio2020, no verão]”, aponta o
selecionador, reconhecendo que esse objetivo “é muito difícil, mas está
ao alcance da seleção portuguesa”, que irá disputar duas das vagas com
as seleções de França, Tunísia e Croácia, em março.