Seleção portuguesa de andebol deixa fugir o sonho no fim

Tóquio2020

1 de ago. de 2021, 10:38 — Lusa /AO Online

Depois de uma primeira parte atípica, Portugal ‘saltou’ para a frente no segundo tempo, porém, quando parecia ter o controlo, ante um adversário que precisava vencer por três golos, perdeu-o, cedendo pela margem mínima e despedindo-se de Tóquio2020.A necessitarem de ganhar para seguirem, sem mais contas, para os quartos de final, os ‘heróis do mar’ foram penalizados no desempate entre três seleções, todas com dois pontos.Portugal venceu o Bahrain por um golo, o conjunto do Médio Oriente ganhou ao Japão por dois e os nipónicos bateram os lusos por um, pelo que o Bahrain ficou em vantagem e segue em frente, mesmo sem ter jogado ainda com o Egito.A lutar contra os efeitos do fuso horário, o selecionador Paulo Jorge Pereira já tinha avisado para o perigo de defrontar os nipónicos às 09:00 (01:00 em Lisboa), e a verdade é que se percebeu o porquê logo na primeira parte, que terminou com desvantagem de 14-16.Os europeus, em estreia olímpica, estiveram na frente aos 2-1, mas depois, como que anestesiados, correram sempre atrás do marcador, em desvantagem média de dois tentos, também com algum azar, pois nesta fase enviou quatro bolas aos ‘ferros’.A vitalidade do Japão, com uma mobilidade impressionante, era difícil de acompanhar pelos portugueses, que aos 15 minutos só tinham feito cinco golos, eficácia baixíssima para o seu nível, em teoria mais elevado do que o seu opositor.O guarda-redes Humberto Gomes estava em bom plano e evitou que o rival descolasse no marcador, contudo o seu homólogo, Yuta Iwashita, destacava-se, nesta fase, ainda mais, com um conjunto de defesas decisivas para chegar à diferença de três (14-11) que a sua equipa precisava.Na etapa complementar, Portugal surgiu mais focado e eficaz, com ataques mais pensados e isso permitiu-lhe voltar à liderança (21-20) que lhe escapava desde o 2-1, com um golo de Rui Silva.Perante um opositor a cometer alguns erros e cada vez mais longe da sua meta, os ‘heróis do mar’ dispuseram de diversas situações para se distanciar, mas desperdiçou-as, não sem a influência de sucessivas intervenções inspiradas do guarda-redes Motoki Sacai, que saiu do banco para ser decisivo.Os últimos minutos foram muito intensos e foi nos dois últimos que Portugal falhou o objetivo, com maus passes, remates sem acertar no alvo e a permitir concretizações fáceis ao rival – incluindo, sem guarda-redes – que celebrou um frustrado triunfo, pois também ficou pelo caminho.