Segurança Social já apoiou mais de dois milhões de pessoas
Covid-19
19 de jan. de 2021, 18:58
— Lusa/AO Online
“Desde
o início desta crise, a Segurança Social já apoiou mais de dois milhões
de 400 mil pessoas nas suas mais diversas modalidades”, afirmou o
primeiro-ministro no debate sobre política geral que decorre esta tarde
na Assembleia da República.No balanço, o
chefe de Governo referiu igualmente que já foram apoiadas "mais de 21
mil pessoas chamadas trabalhadores informais".António
Costa salientou que "esta crise tornou bem patente que o grau de
precariedade e de informalidade na economia deixa desprotegidos nos
momentos mais críticos" os trabalhadores, admitindo que "uma das
dificuldades" sentidas pelo Governo desde março foi encontrar uma
solução que "respeite quem ao longo da sua vida contribuiu" e ao mesmo
tempo “não deixe de amparar” quem se viu privado dos seus rendimentos.O
primeiro-ministro observou que “há casos gravíssimos”, por exemplo, no
setor na cultura, e indicou que procurar respostas é "um exercício muito
grande de imaginação".Costa destacou
ainda que o Orçamento do Estado "colocou o mínimo do subsídio de
desemprego ao nível do limiar da pobreza", e criou uma prestação social
extraordinária "que procura responder a muitas e muitas dessas
situações".O primeiro-ministro respondia à
coordenadora do BE, Catarina Martins, que levantou a questão do apoio
extraordinário, lamentando que "os trabalhadores só se vão poder
candidatar em fevereiro"."Como é que
trabalhadores dos setores mais afetados, que estão há 11 meses sem
conseguir o seu rendimento, vão conseguir sobreviver em janeiro e
fevereiro com um apoio que só é pago em março e só dura um mês?",
questionou a bloquista.Ainda no que toca a
proteção social, o PS destacou que o Orçamento "é o chapéu das medidas
essenciais que estão em curso, quer na proteção do emprego, dos
rendimentos, no apoio à economia e às empresas", e criticou que "alguns
chamaram a estas medidas distribuir tudo a todos", mas agora "têm-se
esquecido de dizer que medidas deixavam cair, principalmente nesta
altura".Mais à frente no debate, o líder
da bancada do PCP, João Oliveira, voltou ao tema da vacinação e apontou
que "há outras vacinas" disponíveis além das que foram autorizadas pela
União Europeia, querendo saber se Portugal admite adquiri-las.Na
resposta, António Costa recusou recorrer "em caso algum", a vacinas
"que não estejam devidamente licenciadas pela Agência Europeia do
Medicamento, mas lembrou que qualquer laboratório pode "submeter vacinas
para licenciamento".Ainda na resposta ao
deputado comunista, que pediu um reforço dos profissionais responsáveis
pelo rastreamento das cadeias de contágio, o primeiro-ministro realçou
que existe neste momento cerca de "mil pessoas" dedicadas a este
trabalho e disse ter "consciência da importância de acelerar o
rastreamento".