Segurança Social abre balcões de inclusão em três ilhas nos Açores
9 de dez. de 2024, 13:02
— Lusa/AO Online
“O balcão da
inclusão é uma ferramenta essencial para garantir que os direitos das
pessoas com deficiência sejam respeitados e o respetivo acesso efetivado
de forma mais simples, mais justa e mais transparente, simplificando o
acesso aos diversos serviços e respostas sociais”, afirmou a
secretária regional da Saúde e Segurança Social, Mónica Seidi, na
inauguração do balcão de Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.Também
nos serviços da Segurança Social de Ponta Delgada, na ilha de São
Miguel, e Horta, na ilha do Faial, estão a funcionar a partir desta segunda-feira e
balcões de inclusão, numa iniciativa da Direção Regional para a Promoção
da Igualdade e Inclusão Social, em articulação com o Instituto de
Segurança Social dos Açores (ISSA).A
titular da pasta da Segurança Social admitiu, no entanto, que a medida
possa vir a ser alargada a outras ilhas, “se a experiência demonstrar
que é uma mais-valia para este tipo de público”.“Para
já vamos iniciar com estas três cidades, que à partida têm afluência
superior, o que não quer dizer que depois no futuro não venham a ser
implementados noutras ilhas”, adiantou, em declarações aos jornalistas.Os
beneficiários poderão ter acesso nestes balcões a “atendimento no
âmbito da deficiência de assuntos da esfera da Segurança Social”, que já
era prestado nestes serviços, em matérias como prestações sociais,
respostas sociais ou produtos de apoio.No
entanto, terão também acesso a um atendimento no âmbito da deficiência,
de assuntos fora da competência da Segurança Social, “com orientação e
encaminhamento”, em matérias como “emprego e apoios às entidades
empregadoras, formação profissional, benefícios fiscais,
acessibilidades, transportes, intervenção precoce ou educação”.Segundo
Mónica Seidi, os profissionais que atendem nestes balcões “tiveram
formação para darem as melhores respostas e as mais adequadas para este
tipo de público”.A medida está integrada
na Estratégia Regional para a Inclusão da Pessoa com Deficiência
(ERIPDA), aprovada, em julho de 2023, em Conselho do Governo.A
secretária regional salientou que esta estratégia resulta do
“reconhecimento da necessidade de reforçar, capacitar e inovar um
conjunto de políticas públicas para a inclusão que se constituem como
instrumentos de inteligência coletiva social na redução e eliminação de
desvantagens e limitação na concretização dos direitos e do exercício da
cidadania da pessoa com deficiência”.Para
2025 o executivo açoriano tem previsto um investimento de cerca de 7,7
milhões de euros relacionado com a área das necessidades educativas
especiais, em que se incluem obras para a criação de mais vagas em
centros de atividades para a capacitação e inclusão, lares residenciais,
centros de dia especializados e centros de atividades de tempos livres
inclusivos, nas ilhas de São Miguel, Santa Maria, Pico, Faial e Flores.“Serão um total de 167 novas vagas em diferentes valências para público com necessidades educativas especiais”, vincou.A
governante lembrou ainda que os valores padrão das respostas sociais
neste setor sofreram majorações, realçando que no caso dos centros de
atividades para a capacitação e inclusão houve um acréscimo de 15% desde
2020.“Ainda em 2024, será majorada a valência em creche para a deficiência em 60% do valor padrão”, acrescentou.