Segunda fase das medidas voluntárias contou com 122 adesões
TAP
21 de abr. de 2021, 16:14
— Lusa/AO Online
Na
mensagem, assinada pelo presidente do Conselho de Administração, Miguel
Frasquilho, e pelo presidente da Comissão Executiva, Ramiro Sequeira, a
TAP fez o ponto de situação das medidas voluntárias “e respetivo
impacto na reestruturação laboral da empresa”.Assim,
recordou a transportadora, “na primeira fase de candidaturas, que
decorreu entre 11 de fevereiro e 24 de março, das 690 adesões
previamente comunicadas, concretizaram-se 669, com um impacto no
redimensionamento de cerca de 630 postos de trabalho”.A
TAP recordou que “a diferença entre 669 e 630 deve-se ao diferente
impacto das várias medidas, nomeadamente a passagem a tempo parcial” de
trabalhadores.Por sua vez, “a segunda fase
das medidas voluntárias, que decorreu entre 11 e 16 de abril, conta com
122 adesões confirmadas neste momento, com um impacto no
redimensionamento de cerca de 100 postos de trabalho”, indicou a
empresa.De acordo com os dados da
transportadora, “o total de 791 adesões às medidas voluntárias
representa um redimensionamento de cerca de 730 postos de trabalho,
estando ainda em análise cerca de 25 candidaturas”.A
TAP soma ainda a estes 730 a “a preservação de até 750 postos de
trabalho decorrentes das medidas implementadas no âmbito dos acordos de
emergência celebrados” com os sindicatos.Além
disso, “o programa de candidaturas voluntárias à Portugália tem neste
momento 47 adesões em análise, para cerca de 150 vagas disponíveis”,
adiantou a empresa.O programa de medidas
voluntárias e a implementação dos acordos de emergência permitem
“reduzir o número inicial de redimensionamento, inscrito no Plano de
Reestruturação em aprovação na Comissão Europeia, de cerca de 2.000 para
um número entre 435 a 500 trabalhadores, à data de hoje e pendente de
confirmação do anteriormente referido”, referiu a TAP.A
empresa adiantou ainda que “decorre neste momento uma fase de
realização de reuniões individuais com os trabalhadores identificados de
acordo com os critérios já divulgados, junto dos quais se irá dar
início a uma nova e última vaga de rescisões por mútuo acordo, reformas e
pré-reformas, com manutenção das mesmas condições já anteriormente
oferecidas a todos os trabalhadores, e de candidaturas para a PGA”.Segundo
a companhia aérea, “este processo é absolutamente essencial para
assegurar um futuro viável e sustentável para a TAP, garantindo, de
acordo com o plano de reestruturação entregue na DGComp e as previsões à
data de hoje conhecidas, um número estimado de cerca de 8.100 postos de
trabalho no grupo TAP, 6.600 dos quais na TAP S.A.”.Após
cinco anos de gestão privada, em 2020 a TAP voltou ao controlo do
Estado, que passou a deter 72,5% do seu capital, depois de a companhia
ter sido severamente afetada pela pandemia de covid-19 e de a Comissão
Europeia ter autorizado um auxílio estatal de até 1.200 milhões de euros
à transportadora aérea de bandeira portuguesa.Um
plano de reestruturação da companhia foi entregue à Comissão Europeia
no último dia do prazo, em 10 de dezembro, e prevê o despedimento de 500
pilotos, 750 tripulantes de cabine, 450 trabalhadores da manutenção e
engenharia e 250 das restantes áreas.O
plano prevê, ainda, a redução de 25% da massa salarial do grupo (30% no
caso dos órgãos sociais) e do número de aviões que compõem a frota da
companhia, de 108 para 88 aviões comerciais.No total, até 2024, a companhia deverá receber entre 3.414 milhões de euros e 3.725 milhões de euros.