Secretário-geral comunista diz que ideia de convergência devia "ser aprofundada"
Legislativas
26 de jan. de 2022, 13:28
— Lusa/AO Online
“Esta
nossa ideia em relação à convergência é uma ideia que deveria ser
aprofundada e criar as condições para a sua concretização”, considerou o
dirigente comunista, no final de um desfile da CDU na Baixa da
Banheira, concelho da Moita (Setúbal), no âmbito da campanha para as
eleições legislativas.Jerónimo de Sousa
referiu que a “convergência não é um bem, nem um mal em sim mesmo”, mas
permite encontrar “soluções que a cada um pareçam mais adequadas”.“Nós
somos promotores dessa convergência, mas convergência em torno de
coisas concretas, e não em torno de declarações mais ou menos etéreas”,
acrescentou.O membro do Comité Central do
PCP sustentou que o partido não vai aceitar “convergência de uma forma
torcida”, ou seja, sem as respostas que os comunistas consideram ser
necessárias para resolver os problemas do país.Jerónimo
de Sousa foi questionado sobre a necessidade de o Presidente da
República fazer uma reflexão das suas responsabilidades se houver
novamente uma maioria de esquerda na Assembleia da República.Nos
últimos dias, o dirigente comunista João Oliveira, um dos substitutos
temporários do secretário-geral na campanha eleitoral, defendeu que
Marcelo Rebelo de Sousa tem de fazer “um balanço” se este cenário se
confirmar no dia 30.Hoje, Jerónimo de
Sousa respondeu que o chefe de Estado “está sempre em reflexão, com uma
dinâmica de reflexão estonteante por vezes”.“É
preciso fazer, de facto, um esforço para a leitura de resultados e
interpretá-los politicamente. Acho que o Presidente da República não
ficará de fora”, adicionou.