Secretário da Saúde admite que é preciso reforçar 'stocks' de medicamentos nos Açores
3 de nov. de 2017, 19:28
— Lusa/AO online
O governante, que
falava aos jornalistas após a apresentação do Programa de Recuperação de
Listas de Espera Cirúrgica, em Angra do Heroísmo, adiantou que "é
preciso perceber o que é que aconteceu" no caso do Centro de Saúde da
Ribeira Grande, onde foram detetadas ruturas no fornecimento de fármacos
a doentes institucionalizados. "É preciso reforçar os 'stocks'
em cada um dos centros de saúde, para aquela medicação que é mais
utilizada", admitiu o titular da pasta da Saúde no arquipélago,
acrescentando que é também necessário "melhorar os níveis de
comunicação" entre médicos e enfermeiros, no sentido de "reportar as
situações e intervir". O governante reconheceu ainda a
necessidade de se "aligeirar" procedimentos, de forma a que, em casos de
rutura nos 'stocks' das unidades de Saúde, seja possível "recorrer ao
hospital mais próximo para substituir essa medicação". A Ordem
dos Enfermeiros nos Açores apresentou uma queixa ao Procurador da
República, contra a Unidade de Saúde da Ilha de São Miguel, devido às
"sucessivas e continuadas" ruturas no fornecimento de medicamentos aos
doentes daquela unidade de saúde. A queixa é justificada com o
facto de a Ordem dos Enfermeiros ter denunciado o caso junto da
administração da Unidade de Saúde da Ilha de São Miguel, que
alegadamente não terá feito nada para resolver o problema, e também
junto da tutela, que terá garantido que o problema já se encontrava
ultrapassado. Já hoje, após uma visita ao Centro de Saúde da
Ribeira Grande, a Ordem dos Médicos nos Açores veio recomendar uma
"revisão do processo de aquisição e distribuição de medicamentos" na
Unidade de Saúde da ilha de São Miguel, para evitar a rutura de
fármacos, como aconteceu nos últimos meses.