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Secretária explica juros de 7% nos novos equipamentos

A secretária regional da Saúde e Segurança Social, Mónica Seidi, salienta as vantagens da modalidade encontrada para os novos equipamentos do HDES


Autor: Nuno Martins Neves

A Região vai pagar 7% de juros pelos equipamentos topo de gama que vão ser instalados no hospital modular de Ponta Delgada através da modalidade de ‘renting’, no valor de 10,9 milhões de euros mais IVA, uma taxa que a secretária regional da Saúde e Segurança Social, Mónica Seidi, justifica tendo em conta os serviços que foram negociados.

Em declarações à Rádio Açores/TSF, Mónica Seidi lembra que “daqui a quatro anos, os equipamentos são nossos, sendo que não iremos ter a preocupação com a manutenção destes equipamentos, nem com a garantia destes equipamentos ou com a formação que vai ter de ser dada aos profissionais de saúde para o seu manuseamento”.

A secretária regional da Saúde e Segurança Social explica igualmente que “sempre que haja alguma atualização de ‘hardware’ e ‘software’, a Região não pagará rigorosamente nada”.

Em declarações à Rádio Açores/TSF, Mónica Seidi considerou ainda que uma das principais razões para “a maior parte dos equipamentos estarem obsoletos” no Hospital do Divino Espírito Santo (HDES) “foi a sua falta de garantia, de manutenção e de atualização”, algo que estará agora assegurado com a modalidade encontrada para a aquisição dos novos equipamentos.

Por isso e embora reconheça que “é necessário pagar juros”, Mónica Seidi também afirma que esta modalidade de pagamento fará com que a Região “não tenha outras despesas decorrentes” dos novos equipamentos, que “provavelmente iriam ser bem superiores à taxa de 7%”.

Em declarações à Rádio Açores/TSF, a secretária regional da Saúde e Segurança Social falou também sobre a conclusão do hospital modular, afirmando que a obra que atualmente decorre nos terrenos entre o HDES e o Centro de Saúde de Ponta Delgada estará concluída no final deste ano.

“O que nós queremos e também por isso foi feito um ajuste direto, ao abrigo do estado de calamidade e de urgência imperiosa, é que haja celeridade nos prazos de entrega por parte dos fornecedores, para que até ao final do ano tenhamos o hospital modular a funcionar em pleno, o que eu acredito que vai acontecer”, afirmou Mónica Seidi.

Recorde-se que na passada semana o Conselho do Governo aprovou uma resolução a autorizar a despesa e a contratação, por ajuste direto, do fornecimento e montagem de vários equipamentos para o hospital modular, construído na sequência do incêndio de 4 de maio, que obrigou na altura à evacuação do Hospital do Divino Espírito Santo.

A modalidade encontrada foi o renting, no valor de 10,9 milhões de euros, mais IVA, até 2027, passando depois os equipamentos para o Hospital do Divino Espírito Santo, que será requalificado.