Saúde quer estrutura modular a funcionar até final de agosto
8 de jun. de 2024, 10:55
— Rafael Dutra
A secretária regional da Saúde e Segurança Social, Mónica Seidi,
anunciou que a estrutura modular que será instalada na zona do heliporto
do Hospital do Divino Espírito Santo (HDES) já estará a funcionar até
ao final do mês de agosto.Mónica
Seidi falava aos jornalistas após reunião com o Conselho de
Administração do HDES e com as Ordens dos Médicos e dos Enfermeiros,
tendo na ocasião referido que, apesar desta estrutura modular não ter
capacidade “equivalente”ao HDES, tem uma “capacidade significativa”
para que não sejam necessários os serviços da CUF.“Estamos a falar
de uma estrutura modular, não poderá ter uma capacidade equivalente, mas
terá uma capacidade significativa para podermos sair do hospital da CUF
e voltarmos ao perímetro do hospital”, realçou.Deste modo, a governante adianta que será possível “concentrar” os serviços “dentro do perímetro hospitalar”.“Além
de urgência geral, temos urgência pediátrica e outros serviços que
estão associados ao serviço de urgência, nomeadamente uma zona de
internamento, que é expectável que venha a ter até 100 camas, bloco
operatório e unidade de cuidados intensivos. Isto fará com que não haja
dependência de outros serviços e que poderemos concentrar serviços
dentro do perímetro hospitalar, assegura Mónica Seidi.A secretária
regional da Saúde aponta que é necessário “preparar o terreno”, para que
se possa dar início à implementação da estrutura modular, mas salienta
que é um processo “que poderá levar até três a quatro semanas”.“O
que está previsto, pela projeção que temos feito, após a conclusão dos
trabalhos prévios, até 60 dias seja possível instalar a urgência”,
explica, adiantando que quer iniciar “o quanto antes” os “trabalhos
prévios no terreno, após passarem “alguns dos passos” necessários como a
“nível de saneamento” e “telecomunicações.“Eu gostaria de dizer que no final de agosto já poderemos ter o serviço de urgência a funcionar”, afirmou a governante.A
secretária regional da Saúde recordou que está prevista a abertura de
uma ala de internamento: a ala nascente, que não sofreu muitos danos, no
incêndio, e diz que a abertura da mesma ocorrerá “no final deste mês”.“Foi
uma ala que não teve tantos danos associados ao incêndio, mas que tem
de ser verificada e testada para acautelar a segurança dos utentes e
assim já conseguiríamos ter aqui mais 200 [camas] para satisfazer os
nossos utentes”, apontou, acrescentando que se for instalado este
serviço de internamento, “o posto médio avançado” será desmobilizado.“Portanto
é menos uma área fora do hospital onde os profissionais de saúde terão
de laborar”, assinalou Mónica Seidi, reforçando ainda que existem vários
canais que os cidadãos devem utilizar antes de se dirigem aos serviços
de urgência.“Estamos distribuídos por vários sítios. E, é importante
continuar a reforçar à população que há canais antes de se dirigirem,
por exemplo, aos serviços de urgência”, sublinhou Mónica Seidi em
declarações aos jornalistas.Neste sentido, a governante apela ao uso
da linha de Saúde Açores ou, “no caso dos cuidados de saúde primários”,
e relembra que a Unidade de Saúde da Ilha de São Miguel “tem por dia
cerca de 150 consultas” não programadas, para “dar resposta a situações
que sendo de urgência podem ser resolvidas fora do circuito hospitalar”.