SATA não pode "continuar na senda" de resultados negativos
1 de out. de 2019, 16:21
— Lusa/AO Online
Rodrigo
Rodrigues declarou à agência Lusa que se "está a entrar no último
trimestre de 2019 e continua-se com os mesmos problemas, até mais
agravados, relativamente a 2018", não se podendo "continuar nesta senda
de resultados negativos".As duas
companhias aéreas da SATA registaram no primeiro semestre de 2019 um
prejuízo de 27,9 milhões de euros, cabendo à Azores Airlines - que voa
de e para fora dos Açores - a maior fatia (25,4 milhões)."Os
resultados obtidos ficaram aquém do esperado", reconheceu o presidente
da administração da SATA, António Teixeira, atribuindo tal a "fatores
externos e circunstanciais" e também a uma "consequência da fase de
estabilização operacional" em que se encontra o grupo.Para
Rodrigo Rodrigues, este é “financeiramente mais um problema para a
região, havendo prejuízos na ordem dos 50 a 60 milhões de euros por ano
que deveriam ser assegurados pelo Governo dos Açores, que não está a
nadar em tesouraria”.O responsável recorda
que a CCIA já apontou várias sugestões para fazer face aos problemas
financeiros da operadora aérea, que tem vindo a acumular prejuízos todos
os anos.O empresário exemplifica com a
proposta de introdução de uma nova figura de um conselho superior
independente que permitisse representar o acionista, a Região Autónoma
dos Açores, mas que “bloqueasse um pouco o seu acesso direto à operação
de forma diária”, através do Governo Regional. O
líder dos empresários aponta também a separação das várias empresas do
grupo SATA, uma vez que “o foco da doença está devidamente identificado,
sendo a Azores Airlines”.Para Rodrigo
Rodrigues torna-se “imperioso resolver este problema”, que a SATA seja
uma empresa “forte e eficiente”, porque é “essencial para o
desenvolvimento das várias ilhas”.O
presidente da CCIA congratulou-se também com o facto de a operadora
aérea de baixo custo Ryanair passar a assegurar uma ligação semanal
entre a ilha Terceira, nos Açores, e Londres, a partir de março de 2020,
considerando que “era uma rota que faltava à Terceira na época alta”.