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SATA é “o pior problema de governação” dos Açores

O secretário regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública, Duarte Freitas, admitiu que a SATA “é o pior problema de governação que nós temos nos Açores”, para o qual só existem duas soluções: “ou se privatiza ou vai ser fechada”


Autor: Rui Jorge Cabral

Duarte Freitas falava na cidade New Bedford, nos Estados Unidos da América, onde existe uma forte comunidade açoriana, durante um encontro realizado no Museu da Baleação, segundo noticiou o jornal da comunidade portuguesa The Herald News /O Jornal.

“O problema da SATA vai ficar resolvido de uma forma ou de outra, ou se privatiza ou vai ser fechada. Só temos duas hipóteses,” afirmou Duarte Freitas ao The Herald News/O Jornal. Duarte Freitas recordou igualmente perante a comunidade açoriana nos Estados Unidos da América que a Comissão Europeia aprovou uma ajuda estatal para apoio à reestruturação da SATA, mas impôs vários “remédios,” incluindo a venda de pelo menos 51% da Azores Airlines e de 100% do handling, destacando ainda que o processo da privatização da Azores Airlines “está na fase final de negociação” .

Citado pelo The Herald News/O Jornal, Duarte Freitas afirmou que  “temos até ao final deste ano para cumprir aquilo com que nos comprometemos”, destacando que o consórcio que está negociar a privatização da Azores Airlines teve recentemente “um reforço interessante,” com a entrada dos acionistas Paulo Pereira e Carlos Tavares, ex-CEO da Stellantis. 

Duarte Freitas lembrou que Carlos Tavares é um dos mais conhecidos gestores de Portugal, tendo liderado marcas internacionais como a Reunalt ou a Peugeot. E para Duarte Freitas, citado pelo The Herald News /O Jornal, “isso deu muita credibilidade” não só ao consórcio, mas também para negociar com bancos.

Ainda ao The Herald News/O Jornal, Duarte Freitas explicou que no caderno de encargos da privatização da Azores Airlines, o comprador teria de manter, pelo menos durante três anos, as rotas para a diáspora, a sede da empresa nos Açores e os trabalhadores, concluindo que “a nossa esperança é que quem a compre, como aconteceu com outras companhias, que ganhe ainda mais músculo e acabe por ter mais aviões e mais pessoas”.