SATA admite recorrer a apoios da UE para atenuar efeitos "devastadores"
Covid-19
1 de abr. de 2020, 18:11
— Lusa/AO Online
Em resposta a questões da agência Lusa, o
Conselho de Administração do grupo SATA declara, confrontado com a
possibilidade de recorrer aos apoios disponibilizados pela União
Europeia para o setor da aviação, que “é pretendido vir a fazer uso de
todas as ferramentas que possam vir a atenuar os efeitos devastadores
que a situação de pandemia provocou no sector”.“Neste
momento, e perante o surgimento das diversas iniciativas que comportam
vários níveis de ajuda, estuda-se, internamente, quais as que melhor se
aplicam ao universo laboral do Grupo SATA e à sua situação empresarial,
económica e financeira”, afirma a empresa.Segundo
a administração, a empresa, fazendo parte do ‘cluster’ aeronáutico
internacional, na qualidade de membro da Associação Internacional de
Transportes Aéreos(IATA) e da Associação das Companhias Regionais
Europeias (ERA), “tem estado a acompanhar todas iniciativas
desenvolvidas, junto do Conselho Europeu e junto dos governos de cada
país”.Questionada sobre se o grupo tem um
estimativa dos impactos comerciais e financeiros nas contas da companhia
derivados da pandemia, a administração afirma que o grupo tem
atualmente a sua atividade suspensa, de acordo com Resolução do Conselho
do Governo n.º 76/2020, de 25 de março de 2020, estando apenas "a
garantir” os voos relativos ao cumprimento das obrigações de serviço
público de transporte de carga e casos de força maior, até final de
abril, “podendo este período ser alargado”. “Qualquer
estimativa que seja elaborada, dada a imprevisibilidade dos efeitos
desta pandemia e a sua duração, poderá ter pouco aderência à realidade”,
sublinha.Apesar do cenário em vigor,
“mantém-se o calendário” de apresentação do plano de negócios do grupo
SATA e “as partes envolvidas encontram-se a desenvolver todos os
esforços para acomodar a continuidade dos trabalhos”.O
Governo dos Açores anunciou em 24 de janeiro que o novo plano de
negócios da operadora deverá estar pronto até ao início do segundo
trimestre e só depois se poderá dar o "passo seguinte" para a
privatização de parte da empresa.