SATA admite ‘lay-off’ como "instrumento adequado" face às circunstâncias
Covid-19
1 de abr. de 2020, 18:01
— Lusa/AO Online
De acordo com uma nota do
gabinete de comunicação do grupo enviada à agência Lusa, um “instrumento
considerado adequado às circunstâncias será a suspensão temporária do
contrato de trabalho, a chamada ‘lay-off’”.Assim,
a empresa pretende “no decurso dos próximos dias”, através da equipa de
gestão, em "trabalho concertado com os sindicatos e comissões de
trabalhadores, e com os vários departamentos, "aproximar o melhor
possível o modelo disponível às circunstâncias do momento".Segundo
a mesma nota, será tida em consideração “a especificidade da
atividade”, “sem ignorar a necessidade de retoma da atividade
operacional normal, logo que estejam garantidas as condições de saúde
pública para que tal possa ocorrer”.Os
trabalhadores da SATA foram, entretanto, “incentivados, numa primeira
fase”, a recorrer à antecipação voluntária de férias ou à solicitação de
licenças sem vencimento, bem como a “outros atos simples de gestão, que
promoveram a melhor adequação da estrutura à redução da sua atividade”.Segundo
o Grupo SATA, “neste momento, a organização encontra-se a preparar a
sua estrutura para a implementação de outros instrumentos que o Governo
da República e da Região colocaram à disposição das empresas”.Na
sequência da declaração do estado de contingência nos Açores, até ao
final do mês de abril, as transportadoras vão assegurar uma ligação
diária interilhas dos Açores e um voo diário cargueiro entre Lisboa e
Ponta Delgada. Estes voos destinam-se a
assegurar o transporte de carga, bens de primeira necessidade e
transporte de passageiros, “em caso de força maior”, sendo a operação
“realizada em estreita cooperação com a Direção Regional da Saúde, por
forma a salvaguardar o bem-estar de todos os envolvidos”.A
companhia aérea TAP já anunciou que vai avançar com um processo de
'lay-off' para 90% dos trabalhadores e com a redução do período normal
de trabalho em 20% para os restantes colaboradores, informou terça-feira
a empresa numa mensagem aos funcionários.O
'lay-off' simplificado entrou em vigor na sexta-feira e é uma das
medidas excecionais aprovadas para a manutenção dos postos de trabalho
no âmbito da crise causada pela pandemia covid-19.As
empresas que aderirem podem suspender o contrato de trabalho ou reduzir
o horário dos trabalhadores que, por sua vez, têm direito a receber
dois terços da remuneração normal ilíquida, sendo 70% suportada pela
Segurança Social e 30% pela empresa.